A variedade padrão do português brasileiro: uma descrição de sua sínclise pronominal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sievers, Marcelo Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17586
Resumo: Esta dissertação analisou levantamento de dados acerca da colocação de pronomes oblíquos átonos – a sínclise pronominal – em textos de um gênero discursivo no qual se convencionou o uso da variedade padrão da língua. Contudo, pressupondo-se que a variedade padrão da língua não corresponde exatamente àquela apresentada nos manuais de gramática – o padrão escolar –, este marcado pelas prescrições da tradição gramatical, a qual pode ser descrita no paradigma tradicional de gramatização, que, entre outras coisas, parece descrever uma língua estática e homogênea, buscou-se explicar essa diferença com base nos estudos da Linguística segundo os quais a língua apresenta heterogeneidade e não pode ser estática, já que sua mudança é o que lhe permite continuar a existir, cumprindo seu papel na comunidade linguística. Tomaram-se, como corpus de análise, artigos acadêmico-científicos de um número de um periódico, nos quais foram verificadas mais de 360 ocorrências de pronomes oblíquos átonos e suas sínclises, no confronto com a 39ª edição, publicada no ano de 2018, da Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara, e a 1ª edição de A Gramática do Português Revelada em Textos, de Maria Helena de Moura Neves, publicada no mesmo ano da obra de Bechara. Ao fim, estabeleceu-se a relação entre a sínclise pronominal das obras gramaticais e a variedade linguística do gênero analisado, tendo-se feito a descrição de seu uso, do que se concluiu que, de fato, a língua abordada nos manuais não corresponde totalmente àquela dos artigos acadêmico-científicos, o que gera repercussões, no trabalho dos usuários da língua, que devem ser consideradas