“O amor é?” Negritude e relações não-monogâmicas: as dimensões micropolíticas do afeto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Porto, Rhuann Lima Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Ciências Sociais
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18066
Resumo: O objetivo central deste trabalho é explorar o debate a respeito das emoções, mais especificamente acerca do amor, e investigar como esse sentimento é pensado e articulado no universo de não-monogâmicos negros em suas relações afetivas monorraciais. Para tal, foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo no interior do grupo de Facebook Afrodengo – Amores Livres, o maior grupo de não-monogâmicos negros do Brasil. Foram utilizadas como técnicas a observação participante no grupo citado e entrevistas semiestruturadas com seus fundadores. Desse modo, exploro as tensões, negociações e estratégias mobilizadas pelos meus interlocutores para lidarem com as problemáticas decorrentes das relações amorosas não-monogâmicas na tentativa de desenvolverem uma ética amorosa. Proponho-me também entender as noções de negritude e discorrer como elas refletem a forma pela qual os sujeitos desta pesquisa pensam o amor e as relações sociais e políticas em torno de tal sentimento. Em diálogo com as áreas de antropologia e sociologia das emoções, parto do princípio de que o amor não é uma característica essencial, isto é, pré-cultural mas algo que não só constitui e ordena as relações sociais, como também é um significado dessas relações. Defendo que a gramática amorosa, portanto, situa o eu em relação aos demais, ambos culturalmente localizados.