Trabalho, educação e democracia: tendências do debate sobre democratização da política educacional brasileira nos últimos trinta anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Moreira, Carlos Felipe Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20387
Resumo: O objetivo geral do estudo é realizar um balanço crítico da literatura sobre o debate referente à democratização da política de educação brasileira, do período de transição da Constituinte na década de 1980 aos dias atuais e, especificamente, identificar as tendências teórico-políticas que vem orientando as reflexões sobre a gestão educacional democrática. A análise toma como matéria-prima produções – datadas do citado período – dos principais autores de referência no trato deste tema no país. Os autores selecionados são aqueles mais referenciados no âmbito da pesquisa brasileira em pós-graduação nos últimos cinco anos, com recorte na área da educação. A tese tem como embasamento a teoria social de Karl Marx, sendo as categorias trabalho, educação e democracia constitutivas de uma unidade dialética central à investigação. Para a análise das formas como a concentração do poder político se realiza historicamente na política educacional brasileira, outros elementos teóricos adquirem relevo, tais como: questão social, consenso e coerção, hegemonia, neoliberalismo, política social, Estado e classes sociais. Considerando a ontologia do ser social, o investimento analítico perpassa principais processos socio-históricos que conformam na contemporaneidade tanto a democracia liberal-burguesa, como a educação escolarizada no país, mediadas pelo modo de produção capitalista. Este é o arcabouço geral que sustenta as reflexões realizadas sobre a noção de gestão democrática educacional e que, a partir do método dialético, possibilitou a elaboração da tese da gestão democrática radical. Os resultados do estudo revelam na bibliografia pesquisada a existência de quatro tendências caracterizadas, em um extremo, pela razão empresarial de gestão e, noutro, pelo compromisso com a ruptura contra-hegemônica na educação. A conclusão aponta para a necessidade de maior aprofundamento no que tange ao processo de solidificação de um projeto educacional antagônico, articulado com o movimento de superação da ordem capitalista.