As vicissitudes do Eu na obra de Freud e Lacan
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicanálise |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14629 |
Resumo: | A proposta do trabalho é delimitar quais as relações existentes entre o eu e a temática da constituição da realidade para o sujeito humano. Para tanto, abordaremos a importância da temática do eu na obra de Freud e no ensino de Lacan, delimitando os diferentes tempos da construção dessa noção no percurso desses autores. Nossa proposta é mostrar que, desde o início, o eu é definido como uma instancia psíquica responsável por estabelecer defesas contra o desejo. O desenvolvimento da noção de narcisismo foi o que possibilitou que o eu recebesse um estatuto próprio ao campo psicanalítico. Freud sustenta que o eu não existe desde o início, mas se constitui a partir do encontro com o outro. Sua função seria, nesse contexto, a de unificar as pulsões autoeróticas numa imagem de corpo próprio. Por sua parte, Lacan afirmará que o eu é uma instância que se constitui a partir da imagem ideal do outro e, por isso, possui um fundamento ilusório. Distingue o eu (moi) instância que se constitui a partir do registro imaginário do sujeito (je), conceito articulado a fala e que, por essa razão, se vincula ao registro simbólico. Lacan subverte a noção de sujeito, na medida em que o situa como sendo homólogo ao objeto a. O objeto a está ligado ao que é mais intimo e, ao mesmo tempo, ex-timo ao sujeito. Situando-se do lado do real ele é causa do desejo, um desejo que insiste em se revelar as expensas do eu, nos domínios da fala e da linguagem. Considera-se que, enquanto que o sujeito do inconsciente está do lado da verdade, isto é, da falta, o eu, por outro se encontra do lado da alienação ao outro, o quer dizer que ele está fixado em uma relação dual, intersubjetiva, que faz oposição, que busca se defender de qualquer aproximação do desejo. O que nos faz concluir que é contra o desejo, que o eu se defende, afinal. Conclui- se que o percurso empreendido evidenciou a importância que a temática do eu em suas relações com a constituição da realidade psíquica ganha para a práxis analítica, pois, é em torno da noção de eu que veremos se constituírem diferentes maneiras de se pensar tanto a formação do analista quanto a direção do tratamento psicanalítico |