Gestão ambiental na Zona Costeira Fluminense: avaliação do potencial de resiliência ambiental e da potencialidade de serviços ecossistêmicos da Baía de Ilha Grande (BIG)
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21732 |
Resumo: | A Baía de Ilha Grande é considerada oficialmente um hotspot de biodiversidade marinha no litoral brasileiro, sendo caraterizada pelo seu status de preservação de ecossistemas marinhos costeiros, com destaque para manguezais, restingas, costões rochosos e praias. A evolução das ameaças ao ecossistema da Baía da Ilha Grande é evidenciada e documentada em uma gama de publicações. Entre essas ameaças, destacam-se a presença de um terminal de transferência e armazenamento de petróleo e derivados (TEBIG), duas usinas nucleares (Angra I e Angra II) e um estaleiro, além de uma crescente ocupação humana na linha de costa. A Baía em questão, apesar dos diversos desafios ambientais, apresenta potencial resiliência ecológica frente aos desafios de manutenção ambiental existentes. O presente estudo buscou gerar um roteiro para avaliar o potencial de resiliência ecológica para zonas costeiras que permitam contribuir em processos de gestão ecossistêmica costeira e aplicá-lo na Baía de Ilha Grande, caracterizando seu estado de saúde e resistência ambiental, diante das diversas pressões ecossistêmicas que vem sofrendo ao longo de décadas de uso. A metodologia aplicada consistiu em duas abordagens principais: o desenvolvimento do roteiro para avaliar o potencial de resiliência em zonas costeiras e a sua aplicação na Baía de Ilha Grande. O roteiro consiste em seis etapas, a saber: levantamento de características históricas da região e fontes de pressão; levantamento de indicadores primários e secundários; geração de alertas ambientais; construção de cenários crescentes impactos ambientais e proposição de estratégias para enfrentamento. A caracterização de biodiversidade resultou em alertas ambientais para peixes recifais, porcentagem de impossex em gastrópodes, saúde de corais e diferença de pressão parcial de CO2, ligado diretamente a acidificação dos oceanos, e disponibilidades de microplásticos na coluna d’água. Diante da análise da matriz de aspectos e impactos, suas relações com a qualidade ambiental da Baía de Ilha Grande e os apontamentos feitos sobre a resiliência, foram construídos 3 cenários de desenvolvimento que abordam crescimentos das fontes de pressão ecossistêmica e quebras de barreiras de proteção. O primeiro cenário ilustra a atual característica da Baía, como sistema com potencial de resiliência, que persiste em serviços ecossistêmicos e biodiversidade marinha, apesar das inúmeras forçantes ambientais. O segundo cenário aponta para o crescimento das Fontes de Pressão para a Baía de Ilha Grande, mas ainda com a existência das barreiras/defesas no sistema. No terceiro cenário a Baía de Ilha Grande enfrentaria uma série de desafios. A inexistência das barreiras e defesas no sistema, juntamente com o crescimento das forças de pressão ambiental, levaria à destruição de seus ecossistemas e à perda significativa de biodiversidade. Conforme as fontes de pressão levantadas, alertas ambientais gerados e cenários construídos, a região necessita de estratégias de gestão ambiental abrangentes e sustentáveis, a curto e longo prazo, que fortaleçam e acrescentem barreiras para manutenção da resiliência local. |