Avaliação da eficácia terapêutica da toxina botulínica na alopecia androgenética masculina
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23499 |
Resumo: | A alopecia androgenética (AAG) é a forma mais comum de alopecia em homens e que compromete autoestima e qualidade de vida dos pacientes. É uma condição crônica, progressiva, que cursa com declínio das atividades metabólicas do folículo piloso. Os pelos terminais são convertidos em pelos finos (velus). Atualmente, apenas minoxidil tópico e finasterida e dutasterida orais são aprovados para tratar AAG masculina. A alteração da atividade dos andrógenos e predisposição genética são fundamentais no desenvolvimento da doença. Os folículos pilosos ficam mais susceptíveis à conversão de testosterona em diidrotestosterona (DHT) no tecido periférico. O estresse oxidativo, micro inflamação perifolicular e insuficiência micro vascular foram apontados como contribuintes. O estresse oxidativo altera a morfologia, proliferação e apoptose de células da papila dérmica. A ativação de linfócitos T por estímulos exógenos como radiação UV, poluentes e alteração do microbioma, explica a micro inflamação. Sabe-se que as áreas calvas possuem certo grau de insuficiência micro vascular, com níveis de oxigênio mais baixos que as não calvas. A conversão de testosterona em DHT ocorre em ambiente de hipóxia e, por isso, maior aporte sanguíneo poderia ser benéfico no tratamento da AAG. A toxina botulínica (TB) é uma neurotoxina obtida através do C. botulinum, que inibe a contração muscular via bloqueio da acetilcolina e tem uso médico amplo estético e terapêutico: como na hiperidrose, no estrabismo e na neurologia. Na AAG, seu uso injetável promoveria relaxamento da musculatura do couro cabeludo, aumentando o fluxo sanguíneo, reduzindo TGF-β (pró-apoptótico), DHT tecidual e miniaturização folicular. O objetivo deste ensaio-clínico, triplo-cego, autocontrolado e randomizado, realizado na Dermatologia do HUPE, foi avaliar a eficácia da TB no tratamento da AAG masculina. Foram incluídos 13 homens, de 18 a 45 anos, portadores de AAG há menos de 10 anos, sem tratamento. Um lado do couro cabeludo recebeu 50UI de TB (5UI/ponto;10 pontos) no início do estudo e após 12 semanas. A área contralateral recebeu 10 punturas intradérmicas e intramusculares de salina. As avaliações fotográficas foram feitas nas semanas: 0, 12 e 24. A eficácia da TB foi avaliada por tricoscopia, ferramenta de avaliação das doenças do couro cabeludo. A tecnologia de correspondência (hair-to-hair matching technology TrichoLAB®) assegurou a comparação entre as imagens no mesmo local. A densidade total, espessura dos pelos e o número de pelos novos foram comparados entre os dois lados do couro cabeludo, nas três consultas. Foi utilizado o teste não paramétrico de Wilcoxon para amostras pareadas. O nível de significância estatística adotado foi de 5%. Em nosso estudo, a TB não promoveu crescimento capilar em homens com AAG após 12 ou 24 semanas. A densidade capilar frontal e no vértice diminuiu em ambos os lados (TB e placebo) e ocorreu um aumento da razão velus/terminal. Em conclusão, nosso estudo não encontrou qualquer benefício da TB injetável para AAG masculina a partir da utilização de uma tecnologia de contagem capilar precisa e objetiva. |