Comunidade tradicional do Guapicum (Guaraqueçaba, PR): dinâmica territorial e interações socioambientais

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Batista, Joyce Costa
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores; Brasil; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade
• Palavras-chave em Português: Comunidades tradicionais; Unidades de conservação da natureza; Dinâmica territorial; Interações espaciais; Traditional communities; Nature conservation units; Territorial dynamics; Spatial; CIENCIAS AGRARIAS
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23043

Guapicum é uma comunidade tradicional de contato com a natureza, localizado em um ambiente marinho, cujos costumes e hábitos são formados pela mistura de culturas, indígenas, africanas e por imigrantes europeus. O povo ―caiçara‖, detém uma cultura singular, vivendo do extrativismo e da pesca artesanal. Seu território é a condição fundamental para a reprodução cultural, social e econômica. No entanto, o território não é apenas seu, é também um território destinado à proteção dos recursos naturais, as chamadas Unidades de Conservação da Natureza. Desta relação surgem conflitos, situação que aumenta a relevância de se compreender as dinâmicas territoriais no tempo e no espaço. Para compreender essas interações sociais, o presente estudo tem o objetivo de analisar o modo de vida da comunidade do Guapicum e os conflitos territoriais existentes, observando especificamente a formação do espaço social da comunidade, seus aspectos históricos, culturais e sociais. Por meio de questionário aplicado à comunidade e aos gestores das unidades de conservação próximas a ela, obtêm-se informações relevantes para essa discussão. Posteriormente, por meio da análise de Bardin é feita a discussão dos discursos. As falas dos atores, tanto dos moradores da comunidade, como dos gestores, relatam a riqueza da cultura da comunidade e como ela está se perdendo no tempo. O conflito territorial é causado pela disputa por recursos naturais, pela falta de assistência pública e pelo desconhecimento da comunidade sobre a relevância dessas áreas protegidas, resultando em conflitos de interesses que afetam significativamente as populações tradicionais e também o objetivo de proteger a biodiversidade desta região.