A Tecnologia de telemonitoramento em enfermagem: contribuições para autonomia de pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Duarte, Cíntia Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11175
Resumo: O objeto de estudo centra-se no Autocuidado de pessoas que vivem com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) por meio de tecnologia cuidativo-educacional de telemonitoramento da enfermagem. O problema é que as pessoas cada vez mais estão desenvolvendo o DM2 e mesmo em tratamento apresentam hiperglicemia persistente, possuem pouco conhecimento sobre o processo saúde-doença e diminuição do autocuidado. O objetivo geral deste estudo é compreender a repercussão do uso da tecnologia do telemonitoramento com pessoas que vivenciam o DM2, tendo em vista o fortalecimento da autonomia e prevenção de complicações decorrentes do DM2. E os objetivos específicos são: descrever os temas sugeridos à prática da educação em saúde com grupo de pessoas que vivem com DM2; analisar o conhecimento e as expectativas dessas pessoas em relação à sua saúde; discutir a repercussão do telemonitoramento no autocuidado das pessoas desse grupo específico. O referencial teórico provém da teoria libertadora freiriana. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, de abordagem participativa, desenvolvida em 2018, no ambulatório da Policlinica Piquet Carneiro, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Os participantes do estudo foram 14 pessoas com diagnóstico de DM2, que atenderam os seguintes critérios de inclusão: faixa etária acima de 40 anos, que possuíssem telefone e demandas e necessidades de saúde. Os critérios de exclusão foram: pessoas com diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 1, com déficit cognitivo, com dificuldades de se expressar verbalmente, número de telefone inexistente ou desligado, após três tentativas em períodos distintos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UERJ sob o nº da CAAE: 84673718.3.000.5285. A produção de dados abrangeu o Mapa Falante, Telemonitoramento e Entrevista. A organização e categorização dos achados seguiram a orientação de análise temática por Bardin, emergindo quatro categorias: A necessidade e a busca de conhecimento; Expectativas e desejos de saúde; A tecnologia do telemonitoramento na perspectiva dos participantes; A repercussão do telemonitoramento no autocuidado. Conclui-se que as estratégias educativas em saúde adotadas permitiram desconstruir e reconstruir o conhecimento sobre o processo saúde-doença, identificando as falhas, as dificuldades em relação ao cuidado com o corpo e monitorando o ensino aprendizagem em grupo. O telemonitoramento em enfermagem é uma tecnologia viável, que possibilita maior aproximação, disponibilidade para o acompanhamento a distância, esclarecimento de dúvidas, potencializando-os e conscientizando-os para o autocuidado e boas práticas de saúde. Com isso, sentiram-se acolhidos e motivados, demonstrando grande satisfação ao receberem as orientações por meio do telemonitoramento, sentindo-se capazes para mudar seus modos de viver e os hábitos de vida, melhorando o nível de saúde em geral. Pode-se afirmar que essa tecnologia permitiu o apoio e o fortalecimento das práticas de autocuidado às pessoas com DM2, aproximação para conhecer melhor as pessoas no grupo e individualmente, levando-as a refletir sobre sua saúde e empoderá-las sobre comportamentos saudáveis.