Desfechos maternos perinatais da assistência da enfermagem obstétrica com a conduta hands off: um estudo de corte transversal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Natália de Freitas lattes
Orientador(a): Pacheco, Zuleyce Maria Lessa lattes
Banca de defesa: Ferreira, Helen Campos lattes, Coelho, Angélica da Conceição Oliveira lattes, Araújo, Luzia França lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7784
Resumo: O processo de institucionalização do parto e nascimento trouxe importantes avanços e melhorias para a atenção à mulher e ao neonato, porém veio acompanhado de um conjunto de práticas obstétricas padronizadas e intervencionistas, utilizadas de forma rotineira caracterizando o modelo tecnicista. Durante a evolução e desenvolvimento da assistência obstétrica, o períneo feminino ganhou visibilidade, tornando-se com frequência, um local de intervenção cirúrgica. A partir da década de 1980, em resposta aos resultados desfavoráveis desse modelo, surgiu o movimento de humanização do parto, que além da assistência respeitosa e acolhedora, propôs uma atenção baseada em evidências científicas sendo destacado pela OMS e MS a enfermeira obstétrica como componente da humanização. Diante da função do corpo perineal, sua importância para as estruturas adjacentes e a consciência da morbidade após o trauma, a manutenção da integridade anatômica é fundamental para o funcionamento adequado e para a qualidade de vida da mulher e por isso diferentes técnicas e intervenções perineais estão sendo utilizadas e estudadas objetivando a manutenção da integridade local e minimizando lacerações de maior gravidade. O objetivo deste estudo foi analisar o desfecho materno perinatal da assistência às mulheres pelas enfermeiras obstétricas com a utilização da conduta hands off. Conduziu-se um estudo de corte transversal, incluindo 608 mulheres que tiveram seus partos assistidos por enfermeiras obstétricas com a utilização de hands off como conduta de proteção perineal. Foram avaliadas as características sociodemográficas e clínicas obstétricas. Os dados foram coletados a partir de prontuário eletrônico e livros de registros da equipe de enfermagem. A análise estatística foi realizada através do teste χ2 de Pearson e do modelo de regressão logística. Foi observado que houve uma prevalência de desfechos perineais de baixa gravidade, em 96,5% foram de acometimentos de baixa gravidade (1° grau ou períneo integro), mostrandose com aumento de chance de correção perineal em mulheres primíparas e quando peso foi maior ou igual a 3500g. Contudo, considerando os resultados desta investigação, acredita-se que a conduta expectante para proteção perineal, hands off, pode ser considerada dentro das boas práticas para assistência à mulher no processo de parturição, tendo em vista que esta conduta promove benefícios relacionados aos desfechos maternos perineais sem comprometer os resultados perinatais.