A memória como projeto: tensões e limites da patrimonialização da capoeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cid, Gabriel da Silva Vidal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15522
Resumo: O objetivo da tese é discutir as dinâmicas existentes entre grupos de capoeira, localizados no Rio de Janeiro e as ações do Ministério da Cultura que, a partir de 2006, voltaram-se para a patrimonialização da prática da capoeira. Em seu processo histórico, a relação entre políticas públicas e práticas da capoeira passou por diversas mudanças. Ao longo dos séculos XVIII e XIX, houve uma forte repressão sobre os capoeiristas. Nas primeiras décadas do século XX, já no período republicano, não só a repressão arrefeceu, como surgiram projetos que procuraram compreender e transformar as práticas existentes em atividades esportivas e culturais. Neste sentido a capoeira passa ao longo do século XX por processos de identificação na sociedade brasileira, determinando identidades possíveis à mesma. Estes processos acontecem em meio a tensões imersas no interior do próprio grupo, mas em constante debate com intelectuais e as ações do Estado que atuam sobre a prática. Em 2008 outro giro acontece com o reconhecimento da capoeira como patrimônio cultural imaterial do Brasil, trazendo o Estado para o interior da prática com novos termos. Visando compreender este processo, a tese, inicialmente, faz uma exegese das ações para o patrimônio cultural, inserindo-as de forma ampliada nas políticas para a cultura, sendo necessário um debate da influência da ideia de Estado-nação e cidadania na definição de bens que representam determinado grupo social. Posteriormente o texto busca a interpretação das ações no âmbito das políticas culturais voltadas à capoeira entre os anos de 2003 e 2016, período entendido como de inflexão nas políticas culturais no Brasil. Estas ações foram analisadas com base no acompanhamento do processo de patrimonialização no âmbito do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).