Influência dos procedimentos de clareamento dental na adesão de acessórios ortodônticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Martins, Mariana Martins e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14148
Resumo: Os agentes clareadores, principalmente aqueles em alta concentração, podem provocar alterações químico-estruturais e morfológicas no esmalte dental. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência do peróxido de hidrogênio a 35% na adesão de bráquetes ortodônticos colados nos tempos correspondentes a zero e 24 horas e, 7, 21 e 56 dias após a realização do clareamento dental e na morfologia do esmalte dental. Foram utilizados 150 incisivos bovinos dos quais, 120 foram utilizados para confecção dos corpos de prova para os testes de cisalhamento, determinação do índice de adesivo remanescente (ARI) e avaliação da rugosidade superficial do esmalte. Os 30 incisivos restantes foram utilizados para avaliação morfológica do esmalte clareado em microscopia eletrônica de varredura (MEV). O agente clareador utilizado foi o peróxido de hidrogênio a 35% (Whiteness HP FGM ®) e o adesivo, o Transbond XT (3M Unitek ®). Foram aplicados os testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney, para avaliação dos resultados referentes às tensões de cisalhamento e valores dos índices ARI e testes T Student e ANOVA para a rugosidade, todos adotando p<0,05. As médias obtidas nos testes de cisalhamento foram: 7,47±2,18 MPa (controle), 1,35±0,44 MPa (zero hora), 7,81±2,54 MPa (24 horas), 9,32±2,33 MPa (7 dias), 7,31±2,20 MPa (21 dias) e 6,67±1,77 MPa (56 dias). Foram constatadas diferenças significativas entre todos os grupos analisados (p<0,001) e de forma pareada nos grupos zero hora (p<0,001) e 7 dias (p=0,027) em relação ao controle e entre zero e 24 horas (p<0,001). O índice ARI (0, 1, 2 e 3) também apresentou diferenças significativas entre todos os grupos (p = 0,011) e na comparação de todos os grupos experimentais com o grupo controle: zero hora (p = 0,001), 24 horas (p = 0,009), 7 dias (p = 0,018), 21 dias (p<0,001) e 56 dias (p = 0,004). Em relação ao grupo controle, o valor da tensão de cisalhamento reduziu de forma significativa, quando a colagem foi realizada logo após o clareamento dental, recuperando-se rapidamente em 24 horas. Tornou-se significativamente maior em 7 dias e, nas semanas seguintes (21 e 56 dias), retornou a valores normais. Em relação ao índice de adesivo remanescente, os procedimentos de clareamento dental promoveram diferentes padrões de fratura da interface esmalte/adesivo/bráquete. O grupo controle apresentou alta incidência de índice 3 (fratura na interface bráquete/adesivo) e nenhum índice 0 (fratura adesiva); comportamento oposto foi observado nos grupos experimentais, com baixa incidência de índice 3 e alta de índice 0. Não foram encontradas diferenças significativas na rugosidade superficial e nem alterações microscópicas na morfologia do esmalte dental dos grupos analisados.