Um trançado de teias: a poética de Hilda Hilst
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6145 |
Resumo: | Este trabalho pretende compreender a poética de Hilda Hilst em seu caráter de processo inacabado, de afluência em direção ao que está sempre em devir, como índice de uma linguagem que se traça como as linhas de um desenho inconcluso, esboço do que pode vir a ser, que se nutre de textos bíblicos, cantigas e bestiários medievais, para revitalizar a tradição, não só como homenagem e reverência, mas também como ruptura e transgressão. Configura-se, assim, uma poética híbrida que atravessa o tempo, dissolve as dicotomias e se concretiza como implosão dos gêneros literários. Para ilustrar este movimento, apoiamo-nos nas teorias da linguagem de Walter Benjamin, cuja leitura parte do conceito de deslocamento e de trânsito entre o significante e o significado na montagem do nome cuja integridade se perdeu em meio à referencialidade do tempo. Deste modo, consideramos a poesia como o lugar em que, em uma dimensão mágico-mimética, a linguagem se monta e desmonta, narcísica e cíclica, sem depender de uma relação instrumental de significados, mas como constante processo de passagem e ressignificação de si mesma. O eixo de análise segue dois grandes temas: a morte e o desejo, em torno dos quais se desdobram, como nós trançados no transcurso de desconstrução da noção de sujeito uno e essencial, o amor, o sexo, o tempo, a velhice, a loucura |