Estudo piloto de validação clínica de uma montagem de multieletrodos não- invasiva para estimulação elétrica profunda em pacientes com doença de Parkinson
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22820 |
Resumo: | A doença de Parkinson (DP) apresenta alteração da marcha, sintomas cognitivos e de depressão. Alterações na excitabilidade e na conectividade do córtex com o núcleo caudado têm sido associadas a uma variedade de desordens neurológicas que causam queda cognitiva, depressão e disfunção da marcha biológica. A tDCS (do inglês: transcranial direct current stimulation) demonstrou efeito na marcha, cognição e motivação na DP. Técnicas inovadoras como a montagem periorbital com microeletrodos de alta definição HD-tDCS (do inglês: high definition - tDCS), têm potencial para projetar o campo elétrico para o núcleo estriado. Neste estudo piloto, procuramos evidenciar clinicamente a possibilidade de projetar o campo elétrico em estruturas cerebrais profundas com a montagem periorbital de HD-tDCS. Foi utilizado um desenho experimental cruzado, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. Então, 14 indivíduos foram randomizados e submetidos a 4 sessões de estimulação durante uma semana (1 sessão/dia X 4 dias). Foram avaliados a marcha e o equilíbrio com testes padronizados e a flutuação motora e a depressão através de escalas. Os indivíduos foram convidados a realizar nova intervenção após 8 semanas. Um total de 10 indivíduos completou os dois ciclos de tratamento propostos (placebo e intervenção). A montagem apresentou segurança e tolerância. Houve melhora significativa para a estimulação experimental na escala de depressão. A estimulação experimental também mostrou tendência de melhora estatisticamente não significativa em desfechos de marcha com tarefas dos indivíduos durante a estimulação experimental após 30 dias. Além disso, a estimulação experimental mostrou tendência de melhora em todos os testes de marcha, escala de flutuação dos sintomas e questionário de satisfação do tDCS. Nossos resultados sugerem que a montagem proposta foi capaz de produzir um campo elétrico em áreas subcorticais do cérebro, envolvidas na gênese dos sintomas da DP, conforme indicado pelo estudo preliminar de modelagem elétrica. O aumento da amostra poderá confirmar a tendência observada. A ampliação do estudo de modelagem elétrica será importante para relacionar os resultados com o efeito em diferentes estruturas da base do encéfalo. |