Os parâmetros da marcha para a contribuição do diagnóstico diferencial, estadiamento da doença e análise da evolução do tratamento com exercício físico em idosos com doença de Alzheimer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Felipe de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8238
Resumo: A doença de Alzheimer (DA) é a doença neurodegenerativa mais prevalente em idosos e está associada a alterações cognitivas e motoras. Uma das prioridades nos avanços do conhecimento sobre as doenças neurodegenerativas deve ser a identificação e validação de biomarcadores que contribuam para a melhora do diagnóstico clínico e diferencial, assim como para o acompanhamento da evolução da doença desde os estágios pré-clínicos até as fases mais graves das doenças. A inclusão de biomarcadores motores na prática clínica poderia contribuir para a redução de custos, aumento da acurácia diagnóstica e acompanhamento da evolução clínica após tratamentos não-farmacológicos, como o exercício físico. Nesse sentido, foram desenvolvidos três estudos nessa dissertação. Estudo 1: Uma revisão sistemática e metanálise com o objetivo de identificar os testes utilizados para diferenciar idosos sem comprometimento (SC), com Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) e/ou DA no desempenho de tarefas motoras simples. Foram encontrados 2060 estudos, sendo 10 artigos incluídos. Através da análise do teste Timed up and go (TUG), os estudos observaram uma pior mobilidade funcional nos idosos com CCL e DA comparados aos SC. Estudo 2: Um estudo de corte transversal, com o objetivo de comparar os parâmetros da marcha em tarefas motoras distintas. Foram avaliados 63 idosos (17 SC, 23 CCL e 23 DA). A diferença de desempenho entre os grupos foi maior em dupla tarefa, mostrando piores resultados para os idosos com DA, comparados aos SC e CCL. Estudo 3: Um estudo piloto controlado randomizado, para analisar a mobilidade e as funções cognitivas, pré e pós um programa de exercício físico multimodal (treinamento com modalidades: aeróbio, força, equilíbrio e flexibilidade). Além de investigar o efeito do exercício nas variáveis cognitivo-motoras de 27 idosos com DA. Estes foram randomizados e alocados em um grupo controle (GC) e um grupo experimental (GE). O GE realizou o treinamento duas vezes por semana, com uma hora de duração, durante 12 semanas. A análise de tamanho de efeito mostrou uma melhor resposta para o GE nas variáveis equilíbrio e função executiva, com uma correlação entre a melhora cognitiva e física. Conclui-se que a mobilidade é comprometida desde o estado pré-demencial, podendo diferenciar idosos SC de CCL e DA, principalmente através do desempenho da velocidade em dupla tarefa. Um programa de exercícios pode melhorar a mobilidade, através do desenvolvimento de habilidades físicas e cognitivas importantes para a independência nas AVDs e na redução do risco de quedas em idosos com DA. Neste sentido, a velocidade e o tempo no teste de mobilidade funcional em dupla tarefa, assim como testes de equilíbrio e mobilidade, devam ser melhor investigados como possíveis biomarcadores de diagnóstico diferencial e análise da evolução clínica.