Expressão de proteoglicanos e fatores inflamatórios no arco aórtico e tecido peniano de camundongos ApoE (-/-) submetidos à dieta High-Fat

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Medeiros Junior, Jorge Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18487
Resumo: Estudos recentes sobre dados de saúde pública nos Estados Unidos mostrou que as taxas de mortalidade devido à doença coronariana têm declinado nas últimas décadas. Apesar desses dados, que refletem maior conhecimento populacional sobre a doença, globalmente o infarto do miocárdio ainda é uma das principais causas de morte. Os camundongos machos com três meses de idade foram divididos em quatro grupos de 16 animais cada um, como se segue: animais C57CL/B6 recebendo uma dieta controle (C) ou dieta high-fat (HF); E ApoE recebendo uma dieta controle (ApoE) ou uma dieta high-fat (ApoE-HF). Nos animais C57CL / B6 e ApoE, quando alimentados com uma dieta high-fat, houve aumento significativo de massa corporal (51,1%, p <0,001 e 39,3%, p <0,001, respectivamente) em comparação com os grupos que receberam uma dieta normal. Assim, em animais HF, houve aumento da expressão de biglycan, lumican, e syndecan-1 em relação ao grupo C. Deficiência de Apolipoproteína E (ApoE vs C) resultou em efeitos semelhantes sobre estes proteoglicanos, e também aumentou a expressão da fibromodulina, biglican, decorin, sindecan e lumican. Quando comparado o ApoE vs ApoE-HF houve aumento significativo de decorin e uma redução significativa de biglican e sindecan. Em relação aos fatores de crescimento houve aumento significativo na expressão gênica nos grupos HF e ApoE em relação ao grupo C, PDGFa, PDGFb, TGFβ2, TGFβ3. Em relação ao TGFβ1 o grupo ApoE obteve aumento significativo em relação ao grupo C e ApoE-HF. Na expressão VEGF o grupo ApoE-HF teve aumento significativo em relação ao grupo ApoE. A expressão de mRNA dos proteoglicanos biglycan, decorin, lumican, fibromodulin e sindecan-1 houve aumento significativo no grupo APOE (4x, 4x, 4x, 13x, 3x, respectivamente, todos p <0,001) em comparação com grupo C. Em relação ao grupo APOE-HF houve aumento significativo nestes proteoglicanos (21% a 2x, todos p <0,05) em comparação com grupo APOE. As expressões de PDGF-A e B no grupo APOE foram maiores significativamente (4x, p <0,001) em comparação com grupo controle. A expressão de TGF-β1 foi aumentada significativamente no grupo APOE vs C (4x, p <0,001) e em APOE-HF vs APOE (64%, p <0,001). Na aorta de camundongos ApoE (- / -) a expressão gênica de proteoglicanos e fatores de crescimento associados à aterosclerose se replicam em certos parâmetros nos eventos fisiopatológicos que ocorrem em humanos. No entanto, existem diferenças importantes que devem ser levada em conta quando se utiliza este tipo de modelo de aterosclerose. Em relação ao metabolismo de proteoglicano vascular, a semelhança com seres humanos pode ser evidenciada quando os animais são alimentados com dieta rica em lipídeos. Em relação ao pênis as condições que levam à aterosclerose na ApoE são acompanhadas por alterações no metabolismo dos proteoglicanos penianos. Embora existam algumas diferenças em relação ao que ocorre nas artérias humanas, essas alterações devem também favorecer a doença vascular e suas repercussões hemodinâmicas. Os resultados também mostram que a ApoE, especialmente sob uma dieta rica em gordura, é um modelo adequado para investigar a DE vasculogênica e suas associações com doença cardiovascular.