Nascentes e tributários de um Rio musical - salve Estácio, Cidade Nova e a Praça Onze dos bambas! E a Vila de Noel "...só quer mostrar que faz samba também..."
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13430 |
Resumo: | A ciência positivista, embasada em pressupostos modernos, serviu de alicerce para a expansão e reprodução capitalista sobrevalorizando a razão em detrimento da sensibilidade. Na contramão de tal postura e defendendo o enfoque dos valores, relatos, experiências, bem como as mais diversas expressões culturais, a geografia humanística tem o papel de preencher esta lacuna deixada pelas perspectivas positivistas que não se atêm à subjetividade humana como um dos elementos de construção, entendimento e modificação do espaço geográfico. Assim sendo, este ramo da geografia pretende analisar a relação do homem com seu universo cotidiano de convivência, ou seja, seu lugar vivido. O campo da arte, como se sabe, abarca uma infinidade de traduções e reflexões a respeito dos sentimentos dos indivíduos e da coletividade. Isto posto, vale frisar, os artistas registram em suas obras suas experiências vividas, diretas ou indiretas, sobre espaços e lugares. Utilizando estes recursos, músicos reforçam os laços identitários e preservam a memória seletiva de um determinado grupo social ou deste ou aquele indivíduo. Analisando a evolução urbana do Rio de Janeiro, podemos conceber um Rio Musical, cujas cabeceiras são representados pelos bairros da Cidade Nova, a Praça Onze dos bambas e o Estácio de Sá. Neste sentido, Vila Isabel é um dos afluentes que recebe e elabora uma sequência de fluidez musical na urbe carioca. Buscando se inserir neste nicho, a presente investigação geográfica procura elucidar como questão central as fontes do samba e consequentemente um dos seus meandros ou braços do Rio musical, o bairro de Vila Isabel, ritmo este que projeta lugares vividos, simbólicos, concebidos e míticos. Neste compasso, ao mesmo tempo, a pesquisa preocupa-se em identificar como este gênero musical persiste em sua relevância em meio à dinâmica dos referidos domínios espaciais, com expressiva ressonância no Brasil e, evidentemente, na cidade do Rio de Janeiro, alcançando a música e os desfiles do chamado maior espetáculo da Terra , até mesmo outros continentes. Em suma, o Rio musical com vales, afluentes, meandros e cachoeiras deságuam em delta e se espraie além-mar. |