Desafio da vida: trabalho, velhice e memória
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15991 |
Resumo: | As necessidades do desenvolvimento capitalista no Brasil exigiram um contingente significativo de trabalhadores para sua expansão e reprodução. Este é um elemento vital quando se tenta compreender o aumento populacional brasileiro e, em seu seio, o rápido envelhecimento dos trabalhadores. Ao mesmo tempo, a despeito dos avanços científicos, alcançar a longevidade implica valentia de corpo e alma, para enfrentar um sistema cuja finalidade precípua é a apropriação da mais- valia. Nesse sentido, rechaça-se as ideologias que destituem de historicidade a velhice, travestindo-a em mero objeto da natureza. Recupera-se a centralidade do trabalho como elemento fundante e humanizador do indivíduo social. Por conseguinte, a noção de classe social, segundo a compreensão de Marx, é por deveras pertinente. É compreendendo o velho não como segmento, mas como membro da classe trabalhadora é que se alça vôos a respeito da importância de trazer à tona o fio que o une aos demais companheiros de classe. Portanto, não é a idade e nem a retirada do mercado de trabalho (da atividade para a inatividade) que subtrai o indivíduo social de sua origem de classe. Na verdade, enquanto destituído dos meios de produção, sua vida está determinada pelo trabalho. Entretanto, a ideologia burguesa imprime ao conjunto dos trabalhadores seu fracionamento, a fim de obnubilar sua unidade enquanto classe social. Este engenho visa à manutenção do status quo, ao enfraquecimento das lutas por ampliação da cidadania, na contramão de sua emancipação humana. Ainda assim, o envelhecimento da classe trabalhadora brasileira requisita a concretização dos direitos sociais, pelos quais o conjunto dos trabalhadores vêm lutando, desde o século anterior. Duas entrevistas com dirigentes de entidades representantivas de velhos trabalhadores aposentados e pensionistas aliaram-se à pesquisa bibliográfica sobre a temática e revelaram que as reivindicações da velhice têm por substrato a marca das profundas desigualdades sociais engendradas pela produção capitalista. As conquistas sofrem os revéses não só da exploração intrínseca ao capitalismo. Elas representam uma árdua e contínua luta também contra o autoritarismo e conservadorismo típicos da burguesia e do Estado no Brasil. Assinala-se a memória sóciopolítica dos velhos trabalhadores como ingrediente ativo no processo de construção da hegemonia de sua classe social. Atualmente, na batalha contra o neoliberalismo e sua investida em direção à contra-reforma da seguridade social, nascem oportunidades históricas de apreender- se a memória das lutas dos velhos trabalhadores como chama potencialmente iluminadora da unidade da classe. |