Educação ambiental para o controle da bioinvasão marinha de coral-sol (Tubastraea spp., Cnidaria) em Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12094 |
Resumo: | A bioinvasão marinha é um problema que ocorre há séculos no Brasil, mas apenas recentemente a sociedade passou a perceber ou detectar os impactos ambientais e socioeconômicos causados pelas espécies exóticas invasoras. Em Angra dos Reis (Rio de Janeiro, Brasil), duas espécies de cnidários conhecidos como coral-sol (Tubastraea tagusensis e Tubastraea coccinea) foram introduzidas através de plataformas de petróleo e estão ampliando rapidamente sua distribuição nos costões rochosos. Para controlar ou erradicar as populações desses invasores no litoral brasileiro, surgiu o Projeto Coral-Sol, iniciativa socioambiental que visa conservar o ambiente marinho, gerando renda e melhorando a qualidade de vida das populações litorâneas. O objetivo do presente estudo foi identificar as formas de participação de moradores de Ilha Grande (Angra dos Reis), local mais afetado por coral-sol no Brasil, no controle do invasor e avaliar as estratégias de educação ambiental para a formação de agentes multiplicadores sobre a temática de bioinvasão. O estudo foi desenvolvido através do método de Pesquisa Qualitativa, com moradores de 12 povoados da Ilha Grande e com educadores interessados na temática. Para a pesquisa de Educação Ambiental Comunitária foram utilizadas entrevistas semiestruturadas e reuniões comunitárias. Entre 10 de setembro de 2010 e 03 de março de 2013 foram realizados contatos com 724 moradores, 127 entrevistas gravadas e nove reuniões comunitárias. Ao todo foram identificadas 10 formas de participação potencial dos moradores, sendo as mais citadas a capacitação para catador de coral-sol (n=10 povoados), oficinas e comercialização de artesanato feito com coral-sol (n=8), atividades educativas sobre a temática para crianças e jovens (n=8) e pacotes turísticos sobre a temática (n=6). Em geral, as formas de participação refletem as características socioambientais locais, o que contribui para um envolvimento mais efetivo dos povoados. Para formar agentes multiplicadores de instituições de ensino, foram realizados cursos de qualificação com palestra, trilha interpretativa terrestre e subaquática, dinâmica para elaboração de propostas de atividades sobre a temática e aplicação de questionários de percepção ambiental. Entre 26 de julho de 2011 e 10 de novembro de 2012 foram realizados 15 cursos para 103 educadores. Os questionários diagnósticos apontaram uma visão superficial dos conceitos de biodiversidade e bioinvasão. Após o curso, todos afirmaram ter conhecido algo novo na trilha interpretativa, sendo a diversidade de espécies, as espécies exóticas invasoras e os corais invasores os aspectos mais citados. Os educadores apresentaram propostas de atividades sobre a temática como: contação de história, teatro, jogos, oficinas de artesanato, exposições, feiras de ciências, elaboração de textos, atividades sensoriais para educação especial, entre outros. Com isso, a educação ambiental permite empoderar os atores sociais envolvidos direta ou indiretamente no problema para que possam participar ativamente das tomadas de decisão sobre o manejo das espécies invasoras em sua região, garantindo a conservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida. |