Relação entre depressão e concussão em artistas marciais amadores e de elite: uma revisão sistemática e estudo empírico exploratório
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15239 |
Resumo: | Concussão é definida como um trauma físico na cabeça que causa lesões no sistema nervoso central originado pelo seu impacto com o crânio. Sua relação com mudanças psicológicas não estava clara até 2005 quando Dr. Bennett Omalu descobriu primeiro a ligação entre comportamentos incomuns descritos por familiares e amigos de um jogador de futebol americano aposentado e microlesões em seu cérebro. A primeira hipótese do Dr. Omalu foi a de que concussões acumuladas ao longo da carreira deste atleta levaram às consequentes modificações no seu comportamento natural. Muito tem evoluído nesse campo de pesquisa nos últimos 14 anos: concussão parece ser mais frequente entre atletas de esportes de contato com bola como futebol americano, rúgbi e futebol quando comparados com esporte sem contato; isto também é comum entre artistas marciais, contudo, há menos evidências que associam traumas na cabeça e patologias psicológicas, especificamente depressão, dentro da população de lutadores. A presente dissertação de mestrado almeja lançar luz sobre a associação entre concussão e depressão entre artistas marciais amadores e de elite. Para realiza-lo, dois estudos foram conduzidos: uma revisão sistemática e um estudo empírico exploratório. A revisão sistemática foi desenvolvida usando as diretrizes PRISMA e retornou os últimos 10 anos de evidências empíricas. Foi concluído que futebol americano é o esporte mais estudado, enquanto que depressão e ansiedade foram as duas psicopatologias mais relacionadas com histórico de concussão. De maneira interessante, não houve nenhum estudo encontrado especificamente tratando de artistas marciais. Este achado levou ao segundo estudo desta dissertação. Histórico de concussão, escores de depressão e variáveis demográficas foram coletadas em 25 artistas marciais amadores e 25 de elite. Uma análise linear discriminante foi conduzida. Os resultados mostraram que depressão e histórico de concussão estão altamente relacionados a prática de artes marciais no nível de elite. Isto levou à conclusão de que artistas marciais de elite, devido ao número de traumas na cabeça, são mais sensíveis e expostos a concussão e depressão; o ambiente competitivo aumenta o risco dessas duas variáveis. Os dois estudos nesta dissertação de mestrado mostraram que histórico de concussão e depressão estão ligados, e é relativamente comum entre artistas marciais. Isto reforça a necessidade de proteção da cabeça e métodos de monitoramento de traumas cerebrais nas artes marciais competitivas |