Prática exploratória: gerando entendimentos acerca da vida em sala de aula com uma turma de EJA e seu professor
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19217 |
Resumo: | Na presente dissertação, objetivo compreender em que medida a Prática Exploratória pode mobilizar as pessoas a refletirem acerca do processo de aprender uma língua estrangeira de forma a construírem uma aprendizagem mais significativa. Para tal, busquei entender a perspectiva de aprendizes de língua inglesa de uma turma de EJA e seu professor acerca da vida em sala de aula quando estes têm a oportunidade de refletir. Busco compreender o processo de ensino e aprendizagem desse idioma para esse grupo e que influência o processo reflexivo pode ter na construção de crenças (BARCELOS, 2006) sobre aprender idiomas e sobre o próprio aprendizado. Para desenvolver este estudo, a princípio, foram abordadas teorias que tratam de aprendizagem de segunda língua para entender qual o papel de aspectos relacionados a crenças (BARCELOS, 2006) e formas de interação (ALLWRIGHT, 2009) nesse processo. Deste modo, este trabalho se inscreve na área de Linguística Aplicada (SCHMITT; CELCE-MURCIA, 2002), sendo a Prática Exploratória (ALLWRIGHT, 2003; 2008) a abordagem teórico-metodológica que o configura. Adotei, por isso, o posicionamento da Prática Exploratória em diálogo com a Pesquisa Qualitativa (CHIZZOTTI, 2003) a fim de gerar dados com alunos de uma turma de EJA e seu professor, de maneira a produzir um processo reflexivo que promova o desenvolvimento mútuo sobre as questões que são o foco da investigação. A Prática Exploratória possibilita abordar o puzzle, ou questão a ser investigada (MILLER, 2010), e a discutir com os próprios participantes questões relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem. As APPEs, “Atividades Pedagógicas com Potencial Exploratório” (MILLER, 2012; HANKS, 2017), podem ser conduzidas como uma ferramenta para entender a perspectiva dos alunos em relação às suas próprias aulas. Vale a pena esclarecer que entendo tais atividades à luz do que Allwright (2003a, apud MILLER, 2012) orienta como um trabalho conjunto para gerar entendimentos de questões relevantes para os envolvidos. O desenvolvimento mútuo estaria associado ao ato de “planejar para entender” (MILLER, 2012) a fim de gerar oportunidades de entendimentos mais profundos para os participantes. Nessa perspectiva, propicia-se a reflexão, o mapeamento de crenças e percepções sobre as questões investigadas. A proposta desse trabalho, embora objetive a construção de entendimentos locais (MORAES BEZERRA, 2007), pode ajudar professores da área de ensino de língua inglesa a refletirem sobre suas práticas, bem como incentivá-los a ter uma escuta e um olhar mais sintonizado com seus alunos ao se depararem com situações de ensino em que não tenham o retorno de aprendizagem que esperam por parte dos mesmos. |