Os coros musicais como lugar antropológico na comunidade política de Atenas no processo de instauração da isonomia em Clístenes no final do século VI a.C.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Araujo, Felipe Nascimento de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13051
Resumo: Esta dissertação busca abordar o coro musical grego como um dos aspectos presentes na formação política do cidadão ateniense, constituindo um elemento de integração social e histórica no contexto da pólis do final do século VI a.C. O termo coro musical é utilizado para denominar as performances corais dos antigos helenos que consistiam em uma união intrínseca entre o canto e a dança, construindo uma forma de arte a partir da junção de movimentos integrados à palavra cantada, sendo ambos indissociáveis. O instrumental teórico selecionado se fundamenta no conceito de lugar antropológico de Marc Augé, cuja definição corresponde a uma construção concreta e simbólica do espaço em que ocorre um conjunto de práticas coletivas e individuais. Sendo assim, os coros musicais correspondem a uma construção social, representando o vínculo que seus integrantes possuem com a identidade que lhes é construída pelas coletividades presentes na comunidade política dos atenienses. A partir dessa perspectiva, o coro musical como lugar antropológico se materializa na cultura material das cerâmicas áticas, na qual as representações simbólicas dos cidadãos presentes nas pinturas dos vasos nos permite identificar elementos que os relacionam com a comunidade política da pólis arcaica. Desse modo, é importante destacar que a principal categoria de documentação utilizada nesta dissertação consiste em um conjunto de cerâmicas datadas do final do século VI que representam o coro musical como lugar antropológico. Através desta abordagem teórica, este trabalho formula a hipótese que o coro musical era formado majoritariamente por membros pertencentes à elite aristocrática, devido ao fato deste estrato social possuir destacada relevância no contexto político do processo de instauração da isonomia. Outra hipótese defendida nesta dissertação consiste na existência de uma relação entre o coro musical e falange hoplita, no qual a participação do cidadão nos coros dos festivais públicos funcionava como uma atividade complementar à formação do cidadão camponês soldado que integrava a comunidade política dos atenienses.