Associação entre proteína C reativa ultrassensível e fatores de risco cardiovascular em adolescentes
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8596 |
Resumo: | A obesidade na adolescência é um importante problema de saúde pública, associada com fatores de risco cardiovascular, incluindo a resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão arterial. O estado inflamatório crônico de baixa intensidade característico da obesidade pode ser um importante elo fisiopatológico entre o aumento da adiposidade e doença cardiovascular. O presente estudo teve como objetivo geral verificar o comportamento da proteína C reativa ultrassensível e sua associação com fatores de risco cardiovascular em adolescentes. Para alcançar este objetivo foram elaborados dois manuscritos, utilizando dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em adolescentes. A análise foi ajustada segundo o delineamento amostral, com o uso de rotinas estatísticas para amostragem complexa. No primeiro artigo, avaliou-se a associação entre indicadores antropométricos e proteína C reativa ultrassensível. Foram avaliados 778 adolescentes de Porto Alegre e observou-se que a proteína C reativa ultrassensível apresentou uma maior associação com a razão cintura estatura [RP:3,93 (IC 95%1,3-11,57); p<0,001], seguido pelo índice de massa corporal [RP:1,06 (IC 95%1,04-1,09); p<0,001], enquanto não houve uma associação significativa com a circunferência da cintura (p=0,465) e o índice de conicidade (p=0,244). O objetivo do segundo artigo foi avaliar a associação entre a proteína C reativa ultrassensível com a síndrome metabólica e seus componentes em adolescentes. Foram avaliados 3.723 adolescentes, sendo 864 de Porto Alegre, 1216 de Brasília e 1643 do Rio de Janeiro. A mediana da proteína C reativa ultrassensível foi significativamente maior em Porto Alegre (0,35 mg/L; IQR:0,12-1,33), seguida do Rio de Janeiro (0,23 mg/L; IQR:0,12-1,12) e Brasília (0,16 mg/L; IQR:0,12-0,83). A mediana da proteína C reativa ultrassensível foi 4,9 vezes maior naqueles com síndrome metabólica (0,93 mg/L; IQR: 0,51-2,52) do que naqueles sem síndrome (0,19 mg/L; IQR: 0,12-0,81). A associação entre a proteína C reativa ultrassensível e a síndrome metabólica, mesmo depois de ajuste por insulina, sexo, idade, estágio puberal e cor da pele, foi significativa. Conclui-se que a razão cintura estatura revelou ser o indicador antropométrico mais adequado para avaliar inflamação e consequentemente risco cardiovascular, e que proteína C reativa ultrassensível está associada com a síndrome metabólica. Portanto, a inflamação pode ser um evento precoce no desenvolvimento de desordens metabólicas em adolescentes, sugerindo que esse marcador possa ser um importante preditor cardiometabólico em adolescentes. |