Estudo do comprimento peniano e autopercepção de seu tamanho em uma coorte de brasileiros autodeclarados segundo a cor de pele como brancos ou negros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barboza, Rogério Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8673
Resumo: Vivemos em uma sociedade falocêntrica e erotizada, que direta ou indiretamente valoriza o pênis de grandes proporções. Homens que julgam ter o pênis pequeno devido a um conceito errôneo do que é normal para o pênis ou que possuem um falo anatomicamente pequeno podem desenvolver uma grande angústia levando à dificuldade de relacionamento tanto sexual como social. Essa angústia é levada com frequência ao consultório do médico urologista, por ser considerado o principal médico que cuida da saúde masculina. Fazendo-se necessário que o urologista tenha entendimento dos parâmetros métricos penianos e como abordar esses questionamentos. A sociedade brasileira foi criada por vários grupos étnicos, que se miscigenaram intensamente. Apesar dessa miscigenação, muitos mitos e preconceitos relacionados a cada grupo vêm se perpetuando. No que se diz respeito ao pênis, um dos principais mitos que carregamos desde o Brasil colônia é que o falo de pessoas de cor de pele preta são maiores que os de cor branca. Mito que iremos abordar. Este é um estudo de coorte transversal observacional no qual foi analisado antropometricamente o comprimento peniano e a autopercepção deste, em brasileiros autodeclarados com a cor de pele branca (APB) ou negra (APN). Os homens que participaram do estudo autodeclararam sua cor da pele, depois responderam a uma entrevista semiestruturada para avaliar sua percepção quanto ao tamanho do próprio pênis e sua autoestima associada a este. Após a entrevista, o comprimento do pênis foi medido com uma régua graduada em milímetros. O comprimento médio do pênis dos homens que se declararam com cor da pele negra foi de 16,5 ± 1,7cm (comprimento peniano flácido totalmente esticado) e o comprimento médio do pênis em homens que se declararam com cor da pele branca foi de 15,8 ± 1,6cm (p <0,001). A maioria dos APN (94,0%) e dos APB (89,4%) estão satisfeitos com o tamanho do pênis (p = 0,464). O estudo mostrou que o comprimento médio do pênis dos homens que se identificaram como pretos é apenas um pouco maior do que aqueles que se identificaram como brancos. No entanto, não houve diferença significativa entre os grupos quanto à autoavaliação da imagem gênito-corporal.