Paisagens tecidas na diferença: modos babélicos de ver, sentir e aprender conversando com crianças no Instituto Benjamin Constant em pandemia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Daiana Pilar Andrade de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19927
Resumo: Esta tese se compõe entre paisagens tecidas na diferença, e, ao mesmo tempo que se faz paisagem, num movimento de desterritorialização, se distancia de seu sentido dado e majoritário -representação de uma extensão geográfica- para ser entendida como expressão de possíveis deslocamentos territoriais. Uma paisagem em tese, escrita durante a pandemia provocada pela COVID19, que traz como marca, nas suas entrelinhas, o desafio político, ético e estético de uma pesquisa produzida em uma universidade pública, por uma professora de escola pública, num contexto pandêmico: trata-se de uma tese implicada no entre do movimento de torna-(me) professora com crianças da Educação Infantil do Instituto Benjamin Constant (IBC) do Rio de Janeiro/Brasil. Esse entre se narra como um tecido, movimentado pelo desejo de visibilizar modos babélicos de ver, sentir e aprender conversando com crianças múltiplas, que não fazem o uso da oralidade de modo hegemônico. A condição babélica da vida é afirmada como possibilidade de fazer pensar o que há de singular em meio à multiplicidade, problematizando-se, assim, os modos universais de ver, sentir e aprender no mundo, para afirmar-(nos) na diferença que há como relação. No processo da pesquisa, a tese foi se compondo como um tecido, urdido pelo conceito de tramas experimentais, produzido pelo artista Alexandre Heberte (2022), como uma forma manual de fazer tecido, que vai ao encontro da produção do conhecimento como rizoma, criada pelos filósofos da diferença Deleuze e Guattari (2011) e expresso na pesquisa, como uma rede que se desenha horizontalmente pelas suas conexões. Nesse sentido, a cartografia, como princípio do rizoma, se configura como um possível modo de fazer pesquisa que comporta o movimento processual de feitura da mesma: se urdem texturas e se tramam paisagens que escrevem os encontros com crianças múltiplas. Desse modo, a tese em tecido tem suas linhas movimentadas a partir de notas, ou seja, anotações catadas e agenciadas no tecer de sua produção, que se apresentam como possibilidade de problematização do mundo, da vida e da educação que produzimos nos encontros. São notas produzidas entre professora e crianças, notas de leituras, encontros com autores, notas escritas no papel, no computador, em livros que, ao serem catadas, escritas e reescritas, lidas e relidas, provocam o pensamento, dando a ver um movimento de transformação de si, em que não se pensa mais o que se pensava antes, portanto um modo de fazer outro que se afirmar na pesquisa como a produção de uma cadernografia.