Estudo comparativo entre dois sistemas descentralizados de tratamento de esgoto doméstico instalados no Centro de Estudos Ambientais e de Desenvolvimento Sustentável da UERJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Maria Clara Vieira Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20443
Resumo: O crescimento desordenado somado à falta de investimentos no setor de saneamento, fez com que o Brasil ocupasse a 118° posição no ranking de países com acesso ao saneamento básico. A dispersão populacional e a dificuldade de acesso em muitas comunidades isoladas e assentamentos rurais trazem complexidade ao atendimento deste direito a uma parte da população. Uma das vantagens do tratamento descentralizado do esgoto é que este, pode ser tratado próximo à fonte geradora, diminuindo a necessidade de grandes investimentos em instalações e implantação das extensas redes coletoras para levar o esgoto produzido até a estação de tratamento de esgoto. O objetivo do trabalho foi operar, monitorar e comparar as eficiências de tratamento de dois sistemas descentralizados de tratamento de esgoto instalados no CEADS, Vila de Dois Rios, Ilha Grande, RJ. Sendo um deles, o Ecossistema Engenheirado (EE), que combina sistema convencional de tratamento composto por tanque anaeróbio, aeróbio e anóxico, com sistema ecológico, composto por wetlands construídos, e outro, o Sistema Avançado Anaeróbio de Tratamento de Esgoto (SAATE), composto apenas por sistemas convencionais anaeróbios. O monitoramento dos sistemas foi conduzido em 03 etapas: (i) levantamento de dados das instalações do CEADS; (ii) descrição das tecnologias de tratamento implantadas em cada um dos sistemas analisados, assim como suas operações e manutenções; e (iii) coleta, condicionamento, análises dos efluentes. Analisando a média do efluente tratado (efluente final) de cada sistema, a eficiência global dos parâmetros monitorados e o seu enquadramento perante as legislações vigentes que determinam os limites de lançamento de efluente em corpos hídricos, o Ecossistema Engenheirado apresentou melhores resultados em todos os parâmetros. Já o SAATE ficou fora dos limites de lançamento em muitos dos parâmetros analisados, como OD, DBO, SDT. Apesar do EE possuir um maior custo operacional devido ao gasto com energia elétrica, demandar uma maior frequência de manutenção para realização da poda das macrófitas, e necessitar de uma área maior para sua instalação, este apresentou melhor eficiência global na remoção de todos os parâmetros analisados ao longo dos meses de pesquisa, contribuindo assim, para uma maior preservação da qualidade dos corpos d'água após o lançamento do efluente tratado no meio ambiente.