Bactérias potencialmente resistentes a antibióticos, desinfetantes e radiação ultravioleta, isoladas de esgoto hospitalar e esgoto sanitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ferreira, João Cairo
Orientador(a): Prates, Kátia Valéria Marques Cardoso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1387
Resumo: O uso da água e seu posterior lançamento em corpos hídricos, pode ser um possível fator de disseminação de microrganismos potencialmente patogênicos e/ou resistentes. A presença destes microrganismos em águas tratadas ou não, pode representar considerável risco a saúde da população em geral e ao meio ambiente. No Brasil, segundo a legislação atual, os estabelecimentos assistenciais de saúde podem direcionar seus efluentes para a rede coletora e de tratamento de esgoto, juntamente com o esgoto doméstico. Considerando a sobrevivência dos microrganismos patogênicos lançados no esgoto hospitalar e sua permanência após os processos de tratamento, buscou-se realizar a quantificação, isolamento, identificação de bactérias ambientais oportunistas e/ou feco-orais (Acinetobacter spp., Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus), presentes em esgoto hospitalar, entrada e saída de uma estação tratamento de esgoto - ETE, além de estudar a sensibilidade destes isolados a antimicrobianos (antibióticos e desinfetantes) e exposição à radiação Ultravioleta (UV). Amostras de esgoto foram coletadas durante um período de oito meses (Maio a Dezembro de 2013), sendo realizadas analises quanto a seus parâmetros físico-químicos (DQO, Série de Sólidos, pH, Nitrogênio Amoniacal, Turbidez) e análises microbiológicas (Isolamento, quantificação e identificação), e testes de sensibilidade a antibióticos e desinfetantes mais utilizados nos hospitais brasileiros e de contatado com radiação ultravioleta. Foi constatado a existência de todos os gêneros/espécies foco deste estudo, em todos os pontos de coleta, além de resistência das bactérias aos antibióticos testados e tratamentos propostos. Um dos fatores de baixa eficiência para os tratamentos pode ser atribuída a quantidade elevada de sólidos suspensos dispersos no efluente e a crescente emergência de multirresistência para os testes de antibiograma. Estes fatores suscitam a necessidade de um maior controle pela comunidade científica e pela população em geral no que diz respeito ao impacto da presença dessas bactérias nos esgotos e posteriormente nos corpos hídricos, em seu ecossistema e a saúde pública.