Estudo histopatológico do baço de camundongos Swiss Webster na fase aguda da esquistossomose mansoni e associada à desnutrição proteica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Maria, Joana Bernardo Manoel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22244
Resumo: A esquistossomose mansônica é a segunda parasitose em prevalência no mundo. O contágio ocorre em corpos d’águas doces contaminadas e com presença do hospedeiro intermediário. A patogenia se estabelece devido a reações imunológicas contra ovos do Schistosoma mansoni retidos em diferentes tecidos, na forma mais grave da doença o baço é um dos principais órgãos afetados, apresentando o desenvolvimento de esplenomegalia. A desnutrição crônica é ocasionada pela assimilação inadequada de nutrientes e se apresenta de diferentes formas clínicas com variada magnitude. Acomete grande parte da população mundial e tem suas bases na pobreza. As deficiências nutricionais afetam o baço e a modulação da resposta imune. Isto posto, o presente trabalho objetivou realizar estudo histopatológico do baço de animais esquistossomóticos induzidos à desnutrição proteica. Para tal, foram utilizados 26 camundongos machos, linhagem Swiss Webster, divididos igualmente em grupos normoproteico e hipoproteico, onde após o desmame aos 21 dias foram alimentados com dieta contendo 22% e 8% de teor proteico respectivamente. Na quarta semana de experimento, 7 animais de cada grupo foi infectado com cerca de 100 cercarias (cepa BH) de S.mansoni, formando então os grupos: controle normoproteico (CN), controle hipoproteico (CH), infectado normoproteico (IN) e infectado hipoproteico (IH). A evolução ponderal e consumo alimentar dos animais foram acompanhados durante todo o experimento. A necropsia dos animais foi efetuada na nona semana de infecção. Depois de retirado, o baço foi clivado em duas partes e submetido a processamento histológico de rotina para inclusão em blocos de parafina e confecção de lâminas histológicas, coradas por hematoxilina e eosina (H&E). As alterações no baço foram investigadas por meio de análises histológicas qualitativas e quantitativas, com aplicação da morfometria de polpa branca e cápsula, da estereologia (método D36) e quantificação de megacariócitos. As análises histopatológicas evidenciaram que o grupo infectado hipoproteico apresentou maior deposição de pigmentos de hemossiderina e bilirrubina, aumento quantitativo de trabéculas e megacariócitos, embora estes tenham apresentado síntese deficiente, e intensas alterações organizacionais do parênquima esplênico. Portanto, os dados apresentados sugerem que a deficiência proteica exacerba a desorganização do tecido esplênico, comum na esquistossomose