Práticas de paternidade nas camadas populares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cruz, Maria Helena Simão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15194
Resumo: Esta tese investiga as práticas de paternidade e os sentidos atribuídos a ela por pais de primeiro e único filho, pertencentes às camadas populares do município do Rio de Janeiro. Foram entrevistados homens e mulheres, pais de crianças de até três anos, focalizando os cuidados do homem pai nas fases de gestação, parto e três primeiros meses de vida. Foram realizadas 14 entrevistas semi-estruturadas, cujo conteúdo foi analisado à luz da Análise do Discurso, com respaldo teórico nos estudos de gênero. A análise do material apresenta várias produções de sentido relacionadas à paternidade, como provimento, responsabilidade, masculinidade, amadurecimento, emoção, alegria, participação, mudança de foco diante da vida. Mostra também a participação frequente do pai durante a gestação da companheira e na fase inicial da vida do bebê. Os modelos de família e masculinidade dos pais correspondem a modelos ideias, nem sempre compatíves com a realidade vivida. O atendimento em saúde é evidenciado como deficitário e pouco preparado para o atendimento à população masculina. Os resultados apontam para mudanças na paternidade, que tem se mostrado mais participativa e afetiva, embora ainda persistam representações tradicionais como a de pai provedor. Os dados assinalam para a possibilidade de construção de relações de gêneros mais equilibradas, bem como apontam mudanças nas relações familiares. Conclui-se sugerindo programas de educação e saúde mais eficazes, bem como a necessidade de revisão urgente da licença paternidade