Vitrines de moda e a alteridade da intervenção: a construção do ato artístico em ato de consumo
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Artes |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7385 |
Resumo: | O trabalho apresenta acontecimentos de arte realizados em pontos de venda de moda ou com patrocínio de marcas relacionadas a moda, apontando-nos arte como recurso de mercado. Buscamos entender o funcionamento dos eventos, como se dá a abordagem, como sugerem a participação da arte e compreendem a hibridização dos campos. Traçamos algumas parcerias importantes entre os campos de arte e moda, a maneira com que os artistas e designers se posicionam em relação a seus campos e ao mercado, mas finalizamos compreendendo que a criação de espaços culturais e suas possibilidades impulsionam e desmistificam o mercado de obras de arte e, por consequência, influenciam a estrutura e o funcionamento do mesmo. Num primeiro momento usamos dois eventos, por trazer a vitrine como lugar de intervenção de arte, o primeiro Urban Art Box, proposto para comemorar o trigésimo aniversário da Shiseido na França, foi concebido como uma edição que mesclava a retrospectiva de um evento de arte que ocorre em Tóquio, chamado Windows Art, com intervenções de jovens artistas franceses. O segundo, o Paris e Création: Vitrines sur l´Art da Galeries Lafayette convida instituições culturais a ocupar suas vitrines. Vitrines com objetivo de promoção, portanto trabalhamos a arte como recurso de consumo, como se estabelece em relação a arte. Contudo, compreendemos que o consumo elabora uma espécie de elo entre o mercado e os campos, devido aos eventos estabelecerem características e procedimentos alçando um lugar de legitimação pelo campo da arte. Na sequência comparamos o evento intitulado Parcours Saint-Germain-des-Prés e o acontecimento na Colette. O Parcours é definido como um encontro entre arte e os lugares do bairro, onde a arte é convidada a residir os espaços comerciais e públicos por intermédio de uma única exposição, dispondo de aspectos interessantes pelas negociações estabelecidas entre arte, moda, gastronomia, turismo. Nosso propósito é entender qual o objetivo, sobretudo no que diz respeito as parcerias, mas não focar somente no âmbito da política empresarial, mas no modo que impacta o campo da arte. Já Colette faz exposições de artistas estimados, explora questões mercadológicas em que o comércio de moda pode exercer papel daquele de arte. Versaremos sobre o contexto e o tipo de consumo que ao comportar diversas características relativas ao objeto de arte e ao bem de consumo, traz a arte como bem simbólico doravante ao aspecto do fetiche fator que culmina atribuído ao luxo, portanto sempre delineando questões vinculadas ao consumo e concernente ao campo da arte. A coleção de moda Infinitely Kusama realizada pela Louis Vuitton em associação com a artista, Yayoi Kusama. No entanto, Kusama ao expandir e projetar todo o ponto de venda engendrando conceitos artísticos desenvolvidos em seus trabalhos, ou seja, usando sua trajetória como repertório, nos indica possibilidades que vão além de meras estratégias de marca, pois impulsionam a arte em sua totalidade conceitual ao conceber um novo contexto, no qual averiguamos que a recepção requer interação do público, intenção do artista e vocação do espaço. |