“Foi nesse chão que me criei”: Letramentos baluartes da Galeria da Velha Guarda do G.R.E.S Unidos do Viradouro
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20604 |
Resumo: | Esta pesquisa, realizada no campo da Linguística Aplicada, objetiva investigar os letramentos que são construídos no carnaval das escolas de samba do Rio de Janeiro, compreendidos como letramentos carnavalescos, e, especialmente, as práticas da Velha Guarda do G.R.E.S Unidos do Viradouro, entendidas como letramentos baluartes. Concebem-se os letramentos como sentidos socioculturalmente construídos e situados, com base em concepções de Kleiman (1995), Rojo (2013), Souza (2011), Street (2014), Kress (2010), entre outros. A hipótese da pesquisa é que as escolas de sambas configuram comunidades de prática (WENGER, 1999) que geram letramentos multimodais e também são geradas por eles, em uma relação de interação social-político-cotidiana. Desse modo, a pesquisa que também é multimodal procura enfocar a Velha Guarda, visando refletir sobre a memória, a ancestralidade, os cotidianos, bem como outros saberes e conhecimentos que habitam o carnaval das escolas de samba, que acontece o ano inteiro através dos eventos como feijoadas, visitas a outros espaços culturais, disputas de samba-enredo, festas, ensaios, entre outros. A pesquisa qualitativa, de perfil etnográfico, desenvolve-se por meio de conversas e observações diretas de gestos, como entrada no ônibus, sinalização durante os ensaios, uso do leque e bastão, além de práticas e interações, tais como o uso do pavilhão em cortejos fúnebres, festas, danças e ritos. Nesse movimento, abordam-se também textos escritos, visuais e orais, incluindo imagens, fotografias, vídeos, discursos, manuais e documentos. Procura-se apontar a reexistência (SOUZA, 2011) dos baluartes da escola de samba em questão através de perspectivas étnico- raciais e decoloniais, de acordo com Lopes e Simas (2019), Sodré (1998), Gomes (2017), Mignolo (2003), Simas; Rufino (2019). Os resultados da pesquisa indicam a importância do reconhecimento dos conhecimentos populares e da diáspora negra brasileira, principalmente, aqueles oriundos das escolas de samba do carnaval do Rio de Janeiro, visto que viver e pesquisar o carnaval das escolas é contribuir para o fim do apagamento das narrativas dos sambistas, sistematicamente silenciadas. |