Minha laje, minha vida: reflexões sobre o habitar favelado na busca por maior qualidade de vida na favela da Rocinha, Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19852 |
Resumo: | Com cerca de 1,4 milhão de moradores em aglomerados subnormais, o Rio de Janeiro é o município que lidera o ranking nacional de população residente em favelas. Em 2010, ano do último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse número representava 23% do total da população carioca. Desse contingente, a Rocinha contribui com 69.356 habitantes, o que lhe confere o título de maior favela do país. Dessa forma, refletir sobre o habitar favelado tendo como exemplo empírico essa favela, no qual a laje é objeto central, foi o foco do presente trabalho. O trabalho teve por objetivo lançar indagações iniciais a respeito do quanto este elemento construtivo, ao adquirir singularidades no contexto de grandes favelas como a Rocinha, potencialmente é também um facilitador de uma ou mais formas de qualidade de vida para o/a morador/a favelado/a. Assim, parte-se da compreensão de que, se há lajes em muitas construções, nas favelas a laje é patrimônio, recebe muitos usos e proporciona mobilidades. Tendo isso em vista, assume-se por objeto esse elemento construtivo tomado geograficamente como uma unidade espacial das residências faveladas, capaz de articular mobilidade, paisagem e lugar e, por isso, em alguma medida, prover bem estar a quem as possui. O objetivo do trabalho é compreender o que a laje pode representar em termos materiais e afetivos para um morador da favela, em especial da Rocinha, abordando a história envolvida na sua construção. Em busca desse entendimento, aplicamos como metodologia a realização de entrevistas com quatro famílias moradoras da favela da Rocinha, que possuem em suas lajes a representação de uma parte significativa de suas histórias de vida. O objetivo foi captar relatos que transpareçam a importância que uma laje pode ter não apenas para aqueles que a possuem, mas que também se envolvem ativamente na sua conquista. Percebeu-se, ao longo do trabalho, os diversos usos e funções das lajes, as estratégias realizadas para sua construção e as dificuldades encaradas ao longo do processo, o que aponta para desafios futuros que indicam a necessidade de se conceber as favelas como espaços com dinâmica própria, que ainda carecem de políticas que auxiliem na questão habitacional levando em conta as especificidades envolvidas nessas áreas. |