Narrativas de resistência: o movimento social em rede #UERJResiste no Facebook
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10087 |
Resumo: | Conforme proposto por Manuel Castells (2003), o presente trabalho considera as mídias sociais como uma arena de disputas importantes que pautam a vida cotidiana no contexto da Sociedade em Rede. As plataformas da internet são utilizadas pelos movimentos sociais como uma prática cultural e como mídia (LÉVY, 1999; HINE, 2004) para divulgação de suas pautas, reivindicações e mobilização da sociedade. Nesta pesquisa foi feita a análise da atuação de #UERJResiste como um movimento social em rede (CASTELLS, 2017) e também como uma arena pública (CEFAÏ, 2011; 2017a; 2017b) de defesa da autonomia da Universidade, no período em que a Uerj teve suas atividades suspensas no ano de 2017, durante a crise do governo do estado. Este trabalho se alinha com a proposta de observador engajado de François Laplantine (2014), trazendo também narrativas autoetnográficas conforme proposto por Sarah Wall (2006), em que destaca a relação do pesquisador com o objeto de estudo, seus interlocutores e sua biografia. O corpus da pesquisa foi coletado por meio do aplicativo Netvizz do Facebook, em que foram extraídos os dados da página de #UERJResiste no Facebook. Foram identificadas 267 postagens, de janeiro a abril de 2017, sendo 194 fotos e 73 vídeos. Também foi realizada uma conversa informal com um dos administradores da página (FORSTER, 2018), de maneira a entender como eram produzidos os conteúdos. Para analisar os dados, foi adotado o aporte metodológico etnográfico (HINE, 2004; FRAGOSO, RECUERO e AMARAL, 2011; POLIVANOV, 2013; GOMES e LEITÃO; 2017), em que foi produzida uma análise situacional (CEFAÏ, 2011) e uma narrativa de descrição etnográfica (LAPLANTINE, 2014). Como resultado da análise das postagens, obteve-se a divisão de quatro categorias intituladas: políticas midiáticas, discurso do resistir, partilhas educativas e poéticas da identidade, em que foram destacadas na análise de cada uma a potência das estratégias de visibilidade e de vinculação (SODRÉ, 2006), de publicização e de sua caracterização enquanto uma importante arena pública (CEFAÏ, 2017). Diante dos vários discursos de privatização da Educação Pública e os ataques a sua autonomia e aos seus profissionais, entendemos #UERJResiste como protagonista e importante narrativa a ser divulgada, refletida e discutida na defesa da Universidade Pública brasileira. |