Tecendo reflexões: territorialização e racismo ambiental, a partir de Campos Elíseos - Duque de Caxias
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23379 |
Resumo: | O presente texto investiga o fenômeno Racismo Ambiental e(m) sua relação com a produção e organização do espaço geográfico no bairro de Campos Elíseos, em Duque de Caxias. A pesquisa busca destacar a relevância de uma geografia que dialogue com os saberes locais e ancestrais por meio de práticas culturais e memórias, como caminho para enfrentar as injustiças socioambientais. Evidenciando a necessidade das interseções entre raça, espaço e meio ambiente, reimaginando futuros possíveis que incluam dignidade e bem-estar para todos os sujeitos e territórios. Com base nesse contexto, o objetivo central é descrever como o Racismo Ambiental se manifesta no contexto da industrialização de um bairro periférico, destacando os impactos sobre as populações locais e os processos territoriais. Para tanto, foram definidos como objetivos específicos, traçar o perfil histórico-social do território, identificar os agentes envolvidos na organização do espaço urbano e social, e relacionar conceitos acadêmicos com as vivências locais. A metodologia adotada combina escrevivência da pesquisadora, observação participante, análise documental e registros em diário de campo, utilizando eventos comunitários e dados estatísticos para construir uma abordagem crítica e situada no contexto da Baixada Fluminense. A pesquisa articulou conceitos geográficos, como território, territorialidade e zonas de sacrifício, com debates sobre Racismo Ambiental, evidenciando como a lógica capitalista perpetua desigualdades raciais. Com isso, Campos Elíseos foi apresentado como um exemplo emblemático de um espaço submetido aos ônus do desenvolvimento industrial, onde as chaminés da Reduc simbolizam tanto progresso quanto exclusão. Os resultados mostram a desconexão entre agentes que agem localmente – Estado, indústrias e moradores – e a ausência de planejamento territorial que priorize a qualidade de vida. Essa lacuna amplia os impactos negativos, como poluição, doenças e baixa autoestima territorial. Além disso, práticas de greenwashing mascaram a exploração predatória, dificultando mobilizações sociais. |