A interdiscursividade / intertextualidade nas Fábulas Fabulosas de Millôr Fernandes
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6153 |
Resumo: | Esta tese parte do problema brasileiro da alfabetização funcional e da falta de hábito de leitura. Focaliza a falta de conhecimentos formais para a ativação de referentes externos ao texto com destaque para interdiscursividade. Busca-se então desenvolver uma discussão subsidiada pela iconicidade verbal (SIMÕES, 2009), pelos limites da interpretação (ECO, 2004) e pela argumentação (PERELMAN; OLBRECHTS-TYTECA, 1996; e ARISTÓTELES, 2000), para orientar a análise sobre as possibilidades de leitura baseadas na interdiscursividade e na intertextualidade (VALENTE, 2008; PECHÊUX, 2002; FIORIN, 1993) como elementos icônico-indiciais (SIMÕES, 2007; 2009). O percurso teórico acerca dos problemas relacionados à interpretação e compreensão dos textos é feito com base na articulação das ideias desenvolvidas em torno da hermenêutica (SCHLEIERMACHER, 1999; GADAMER, 1999; RICOEUR, 1977) com a semiótica de extração peirciana (PEIRCE, 2005; ECO, 1986; 2004a; 2004b). O córpus foi constituído de textos da série Fábulas Fabulosas de Millôr Fernandes, que reeditam fábulas de Esopo, mitos de Hesíodo e Apuleio e contos de fadas de Perrault, Irmãos Grimm e Jacobs. Estes foram analisados à luz dos conceitos de fábula formulados por Braga (2005), Fiorin (1986) e Eco (1986); de mito, por Cassirer (2003) e Eliade (1986); e de conto de fadas, por Bettelheim (2002). Focaliza-se o poder de transformação de objetos de mundo em objetos de discurso (MONDADA; DUBOIS, 1995) a partir da textualização da experiência: competência que se espera conseguir desenvolver para combater o analfabetismo funcional, com vistas à ampliação do repertório e do conhecimento enciclopédico, para que se possa proceder ao maior número de inferências possível a partir da observação da interdiscursividade/intertextualidade e por meio da semiose ilimitada, sem perder o foco nos limites da interpretação (ECO, 2004b). |