Exercício de vibração de corpo inteiro como intervenção não farmacológica para melhorar a resposta funcional e reduzir a pressão arterial em indivíduos hipertensos com osteoartrite do joelho e promover respostas relacionadas com biomarcadores inflamatórios em diferentes condições clínicas
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18438 |
Resumo: | A osteoartrite do joelho (OAJ) é uma doença articular degenerativa que apresenta uma inflamação crônica de baixo grau relacionada com o envelhecimento (Inflamm-Aging). Pode estar associada com outras condições clínicas como a hipertensão arterial. A incapacidade funcional é uma característica importante da OAJ e pode atingir cerca de 20% das pessoas com OAJ sintomática, principalmente devido à fraqueza do quadríceps. O tratamento farmacológico é indicado para a redução dos sinais e sintomas da OAJ e para o controle da pressão arterial (PA), no entanto, formas não farmacológicas de tratamento tem sido sugeridas. O exercício de vibração de corpo inteiro (EVCI) tem sido proposto como uma intervenção não farmacológica para essas condições clínicas. Os objetivos desse trabalho foram investigar se o EVCI poderia ser utilizado como uma ferramenta mais sustentável para melhorar a resposta funcional em indivíduos com OAJ, apresentar um efeito anti-hipertensivo em indivíduos hipertensos com OAJ e sintetizar os efeitos dos EVCI nas respostas de biomarcadores inflamatórios (RBI) em diferentes condições clínicas. Foi realizado um estudo experimental crossover de dois períodos (whashout 8 semanas). Dezenove indivíduos com OAJ e hipertensão controlada foram alocados em 2 grupos: (i) grupo submetido ao EVCI, com deslocamento pico a pico de 2,5 a 7,5 mm, frequência de 5 a 14 Hz e pico de aceleração de 0,12 a 2,95 g; (ii) grupo controle (0 Hz). Os participantes foram posicionados sentados em uma cadeira em frente a plataforma vibratória com os pés apoiados em sua base (2 x/semana, durante 5 semanas). A aferição da PA, o teste de sentar e levantar da cadeira 5 vezes (5CST) e a eletromiografia de superfície dos músculos Vasto Lateral foram avaliados antes e após o protocolo. Uma revisão sistemática foi realizada seguindo as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA) e foi registrada no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO). As pesquisas foram realizadas utilizando 7 bancos de dados. Os resultados do estudo crossover mostraram que não foram encontradas diferenças entre os grupos no baseline (antropometria, capacidade funcional, parâmetros da PA e medicações). O EVCI reduziu a PA sistólica (p=0,02), a PA média (p=0,02) e o tempo de execução do 5CST (p=0,018), enquanto não foram encontradas diferenças na PA diastólica (p=0,11) e no perfil eletromiográfico. A revisão sistemática incluiu 4 ensaios clínicos randomizados que envolviam RBI e EVCI com diferentes populações, protocolos e desfechos. Com base nos achados sobre os efeitos do EVCI nos indivíduos com OAJ, foi possível concluir que apenas 5 semanas de intervenção em uma postura confortável apresentou um efeito anti-hipertensivo e melhorou a resposta funcional nessa população sem alteração da excitação muscular. Além disso, a revisão sistemática mostrou que o EVCI pode apresentar benefícios em condições inflamatórias através de alterações nas RBI. Portanto, o EVCI poderia ser considerado uma ferramenta efetiva, contribuindo para reduzir a necessidade farmacológica em diversas condições clínicas, melhorando a resposta funcional, reduzindo a PA em indivíduos hipertensos com OAJ e promovendo respostas relacionadas com biomarcadores inflamatórios. |