Convivendo com a estomia: adaptação do paciente frente à sua nova realidade
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18432 |
Resumo: | Este estudo tem como objetivo geral conhecer os processos adaptativos vividos por pessoas com estomias. E, como objetivos específicos: identificar as estratégias adaptativas utilizadas por pessoas com estomias; descrever os sentimentos vividos por pessoas com estomias; e discutir os processos adaptativos e os sentimentos de pessoas com estomias. Posteriormente, propor um plano terapêutico para pessoas com estomias baseado na Teoria de Adaptação de Callista Roy. Estudo descritivo com abordagem qualitativa, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UERJ, com o seguinte parecer: CAAE: 06241319.1.0000.5282. Foi desenvolvido em uma Clínica de Estomaterapia localizada na cidade do Rio de Janeiro, com 16 pacientes, sendo 13 do sexo feminino, e 3 do sexo masculino, todos com mais de 1 ano de confecção de estomia. A coleta de dados ocorreu no mês de julho de 2019. Para tratamento dos dados, utilizou-se a análise de conteúdo de Bardim, emergindo três categorias e seis respectivas subcategorias: I - a influência da rede social das pessoas com estomia no apoio ao seu processo de adaptação (rede social da pessoa com estomia; apoio profissional); II - enfrentamento das situações cotidianas para a adaptação das pessoas com estomia (cotidiano da pessoa com estomia e as dificuldades com o autocuidado; estratégias de adaptação da pessoa com estomia); e III - repercussões sentimentais vividas por pessoas com estomia (os sentimentos das pessoas com estomias; isolamento social e anseio para retornar à atividade laboral). A análise dos resultados se deu à luz da literatura especifica e da Teoria de Enfermagem de Callista Roy. Os principais resultados evidenciados foram que a rede social, a crença religiosa e a equipe profissional favoreceram a adaptação da pessoa com estomia. A construção da estomia foi um estímulo focal para a pessoa desenvolver meios de se adaptar à sua nova realidade, até mesmo com a criação de equipamentos para disfarçar a bolsa de colostomia; a participação em grupos de apoio, com rodas de conversa e troca de experiência, também foi evidenciado em sua recuperação. A cirurgia afetou física, social e psicologicamente a pessoa com estomia, fazendo com que, após o luto por ter seu membro amputado, passe a criar meios e mecanismos para a adaptação e a reabilitação. Conclui-se que as mudanças no cotidiano, a falta de conhecimento sobre as estomias e os sentimentos negativos gerados pela estomia dificultam a adaptação do paciente, ficando evidente a importância do atendimento especializado da enfermagem e de um plano terapêutico que dê suporte às demandas físicas e psicológicas, para, assim, facilitar a adaptação da pessoa com estomia. |