Estudo da distribuição de ferro, cobre e zinco usando microfluorescência de raios X em culturas 3D de células de neuroblastoma humano suplementadas com cloreto de zinco

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Rosa, José Eduardo Pereira da
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Física Armando Dias Tavares; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Física
• Palavras-chave em Português: X-Ray Microfluorescence; 3D culture; Trace elements; Neuroblastoma; Microfluorescência de raios X; Cultura em 3D; Elementos traços; CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::FISICA::FISICA NUCLEAR
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12818

O neuroblastoma é uma neoplasia maligna neuroepitelial, sendo que mais de 95% dos casos são diagnosticados em crianças com até 10 anos de idade e em grande parte destes já possuem a doença em estado metastático no momento do diagnóstico. Muitos elementos químicos desempenham um papel importante nos processos biológicos como ativadores e inibidores da atividade celular e enzimática. Os objetivos deste trabalhoforamanalisar a distribuição elementar e a concentração dos elementos traços ferro, cobre e zinco em esferoides de neuroblastoma humano, linhagem celular SH-SY5Y, após a suplementação com cloreto de zinco e as possíveis implicações na patogênese da doença.Além de observaros níveis intracelulares de ferro, cobre e zincotambém foram analisadasa viabilidade celular através do ensaio colorimétrico de citotoxidade (MTT) e a organização do citoesqueleto e do fenótipo celular através da imunocitoquímica. Os mapas bidimensionais dos elementos químicos e suas concentrações foram realizados através da técnica de microfluorescência de raios X (μXRF) utilizando o equipamento M4 Tornado(Bruker Nano GmbH). A solução para o tratamento em 24h foiobtida utilizando omeio de cultura DEMEMcom 10% de SFB e posteriormente suplementados com a solução de cloreto de zincoem cinco diferentes concentrações: 0 (controle), 30 μM, 60 μM, 90 μM e 120μM. Os resultados obtidos mostraram um aumento significativo daconcentraçãointracelular dos elementos analisados em relação ao controle e que as suas distribuições ocorrem de forma heterogênea ao longo dos esferoides. Os resultados do teste MTT mostrou que o tratamento com cloreto de zinco não altera a viabilidade celular de formasignificativa. Oresultados da imunocitoquímica permitiram avaliar a organização do citoesqueleto e o fenótipo celular, através da identificação dos filamentos de betatubulina e actina, respectivamente.Os resultados mostraram que a técnica deμXRF é eficiente na análise dos esferoides celularese a suplementação com cloreto de zinco apresentouinformações importantes sobre alterações nos niveis dos elementos traços analisadosnos esferoides de neuroblastoma humano e pode ser uma ferramenta para elucidaçãoe/ou tratamentoda patologia em associação com outras técnicas na caracterização das amostras biológicas.