Influência de diferentes intervalos de recuperação sobre o tempo sob tensão, parâmetros neuromusculares e hemodinâmicos em séries múltiplas no exercício supino reto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Jurandir Baptista da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17582
Resumo: Introdução: A variável intervalo de recuperação (IR) se mostra importante na prescrição do treinamento de força. No entanto, diferentes objetivos e instrumentações são utilizadas para a avaliação das respostas a manipulação desta variável sendo escassas informações na literatura sobre o comportamento de diferentes IR no tempo sob tensão (TST) e sua influência na resposta ao exercício. Dessa forma o objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de dois diferentes IR sobre os parâmetros neuromusculares e hemodinâmicos no exercício supino reto. MÉTODOS: Para elucidar as questões norteadoras, foi realizada uma revisão sistemática e um protocolo experimental que utilizou o exercício supino reto para a determinação do TST e a posterior avaliação na execução de 3 séries com intervalos de recuperação de 90s (IR90) e 180 segundos (IR180) entre elas. Foram avaliados o número de repetições completadas (NR), o TST, os níveis de lactato (LAC), a força muscular (FM), o volume total de carga (VTC), a carga total (CT), o Índice de Fadiga (IF), a Eficiência (EF), as variáveis hemodinâmicas pressão arterial e frequência cardíaca (FC) e da percepção subjetiva de esforço (PSE). RESULTADOS: Através da Revisão Sistemática foi possível observar que os estudos apresentados verificaram a influência de diversos intervalos de recuperação nas respostas musculares e hemodinâmicas, no entanto de forma separadas e sem inclusão do TST. Com o protocolo experimental foi possível determinar o TST para 8, 10 e 12RM no supino reto (14,22 segundos,17,18 segundos e 20,66 segundos, respectivamente). Nenhum dos intervalos foi capaz de manter o NR nas séries subsequentes (p< 0,001). Apenas o IR180 foi capaz de manter o TST. Os níveis de LAC foram maiores após a série 3 (S3) comparado ao pré-exercício (p = 0,019; d = 6,61; Δ% = 201,66%) no IR90 e após a segunda (S2) (p = 0,003) e S3 (p < 0,001; d = 7,84, Δ% = 249,68%) no IR180. Em ambos os protocolos houve um decréscimo da FM após a S3 (IR90 = p < 0,001; d = -1,25; Δ% = - 45,82% / IR180 = p < 0,001; d = -1,22; Δ% = - 44,15%). O IR180 apesentou maior VTC (p = 0,004) e maior CT (p = 0,009). Não foram encontradas diferenças no LAC, na FM, no IF e na EF entre IR90 e IR180 (p > 0,005). Para as variáveis hemodinâmicas não foi verificada diferença entre séries e nem entre protocolos na Pressão Arterial Sistólica (PAS), na FC e na PSE. A Pressão arterial Diastólica (PAD) da S2 foi menor que a verificada no momento pré-exercício (p < 0,001) e imediatamente após a S1 (p = 0,014). Observou-se também uma PAD menor no IR90 (p = 0,009). CONCLUSÃO: A variável TST parece ser importante para avaliar as respostas ao exercício físico. O IR180 se mostrou mais eficiente para promover a recuperação do desempenho, quando comparado ao IR90, devendo ser priorizado para treinos com o objetivo de manutenção do volume de treinamento. O IR90 apresentou valores menores para a PAD ao longo das séries e quando comparado ao IR180