Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Del Vecchio, Anelita Helena Michelini |
Orientador(a): |
Domingues, Marlos Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
|
Departamento: |
Escola Superior de Educação Física
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3144
|
Resumo: |
Introdução: Na prescrição do treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) o tempo de recuperação entre esforços é aspecto relevante. No entanto, o tipo de recuperação tem se mostrado como determinante do desempenho subsequente, e a maioria dos estudos tem indicado que a recuperação ativa (RA) tende a ser superior à passiva (RP). Especificamente quanto à RA, ela pode ser com o mesmo grupo muscular exercitado, com segmento corporal oposto ou com região do tronco. No entanto, esta última estratégia tem sido pouco investigada. Objetivo: Investigar os efeitos de dois tipos de RA nas respostas fisiológicas e no desempenho físico subsequente a treino intervalado de alta intensidade, considerando dois diferentes níveis de aptidão aeróbia. Materiais e métodos: O estudo foi desenvolvido com 25 homens, entre 18 e 35 anos, os quais foram alocados em um destes dois grupos: Alta Aptidão (AACR),Baixa Aptidão (BACR). Os envolvidos realizaram três dias de atividades. Na primeira visita foram mensurados: massa corporal, estatura, dobras cutâneas, frequência cardíaca, lactato sanguíneo e pressão sanguínea em repouso, além da realização de teste de potência máxima (Pmax) em cicloergômetro e teste de tempo limite (TLim a 120% da Pmax), quinze minutos após. A classificação em AACR ou BACR decorreu da Pmax obtida no teste progressivo em cicloergômetro, e alocação de acordo com a mediana. Nas vistas dois e três os sujeitos realizaram: i) aquecimento padronizado, ii) HIIT com dois blocos com quatro estímulos supramáximos cada (30 s a 60 rpm e com carga de 120% da Pmax, 30 s de recuperação passiva) e iii) TLim após o HIIT. Após aquecimento, entre os blocos do HIIT e antes do TLim, os envolvidos executaram um dos dois modos de recuperação ativa: recuperação ativa na bicicleta (bike) e recuperação ativa com exercícios estabilizadores do tronco (core). Na recuperação bike, pedalava-se a 30% da Pmax durante 3 min e na core, realizavamse três exercícios, com duração de 50 s cada um. Para análise dos dados, contou-se com estatística descritiva e os dados foram analisados com análise de variância de dois caminhos (nível de aptidão aeróbia e tipo de recuperação) com medidas repetidas. Assumiu-se p<0,05 como nível de significância. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante considerando nível de aptidão e tipo de recuperação para o TLim. Para recuperação core, BACR e AACR atingiram, respectivamente, 118±25 s e 142±62 s. Na recuperação bike, os valores foram de 110±24 s e 134±72 s. A recuperação bike proporcionou valores inferiores de lactato sanguíneo, mas apenas antes da segunda série de esforços (BACR: 3,62±0,76mmol para core e 2,99±0,90mmol para bike; AACR: 3,23±0,52mmol para core e 2,83±0,66mmol para bike, F=6,38, p=0,01). A9 recuperação core, por sua vez, diminui a frequência cardíaca de modo mais pronunciado antes da primeira e da segunda série do HIIT, bem como antes do TLim(F≥33,8, p<0,001). Conclusão: Considerando-se dois tipos de recuperação ativa e dois níveis de aptidão física aeróbia, não se observaram diferenças significantes no tempo limite após exercício intervalado de alta intensidade. A recuperação com uso de bicicleta apresentou maior remoção de lactato após a segunda série de esforço e a recuperação com exercícios do core exibiu maior contribuição na diminuição da frequência cardíaca durante os períodos de recuperação entre os dois blocos de esforços. |