Programa de habilidades sociais e construção de projeto de vida para adolescentes em instituições de acolhimento
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22854 |
Resumo: | Adolescentes em acolhimento precisam deixar a instituição ao completarem 18 anos para terem uma vida autônoma. No entanto, a literatura indica que falta apoio institucional e recursos pessoais e relacionais para realizar essa transição. De modo a auxiliar esse processo, a partir da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, o presente estudo tem como objetivo geral implementar e avaliar um programa de habilidades sociais e projeto de vida (PHS-PV) com adolescentes em acolhimento institucional. Os objetivos específicos são: (1) avaliar as necessidades para elaborar um programa para promoção de habilidades sociais e construção de projeto de vida (PHS-PV), procurando identificar junto a educadores sociais e adolescentes de instituições de acolhimento, barreiras, facilitadores e temas para a implementação e efetividade da intervenção; (2) descrever a implementação e avaliar os efeitos do programa para promoção de habilidades sociais e construção de projeto de vida (PHS-PV) sobre o repertório de habilidades sociais, percepção de apoio social (amigos, família e professores), crenças de autoeficácia, autonomia e projeto de vida; (3) avaliar o processo do programa para promoção de habilidades sociais e construção de projeto de vida (PHS-PV) com adolescentes em acolhimento institucional. Participaram da avaliação de necessidades, por meio de entrevistas semiestruturadas, 16 educadores sociais de três instituições de acolhimento no estado do Rio de Janeiro, sendo a maioria do sexo masculino, com idades entre 38 anos e 62 anos. Também participaram da avaliação de necessidades duas pessoas da equipe técnica de uma instituição participante, sendo uma psicóloga e uma assistente social. Ainda participaram 19 adolescentes de quatro instituições de acolhimento, sendo a maioria meninos, com idades entre 12 anos e 18 anos. Participaram do PHS-PV 10 adolescentes de três instituições de acolhimento, sendo cinco meninas e cinco meninos, com idades entre 12 anos e 17 anos. A intervenção teve um delineamento não-experimental, com avaliações de necessidades, resultados (pré-teste e pós-teste) e processo, sendo composta por oito encontros, com duração de duas horas cada sessão. A avaliação de necessidades mostrou que a equipe técnica, os educadores sociais e os adolescentes acolhidos reconheceram a importância da intervenção proposta, identificando desafios como desconfiança, conflitos interpessoais, dificuldades emocionais e falta de vínculo, enquanto destacaram como facilitadores, o estabelecimento de laços, ambiente aberto, materiais acessíveis e valorização das experiências dos adolescentes, sugerindo temas como sexualidade, responsabilidade, drogas, família e mercado de trabalho para a intervenção. A intervenção promoveu aumento nos níveis de empatia, civilidade, assertividade e abordagem afetiva, percepção de apoio social dos amigos e professores, autoeficácia geral, autonomia emocional, atitudinal e projeto de vida de relacionamentos afetivos, aspirações positivas e religião e espiritualidade. A avaliação de processo mostrou que os adolescentes tiveram dificuldades em realizar as tarefas de casa, mas estiveram bastante engajados na intervenção, uma vez que tiveram poucas faltas nos encontros e expressaram que tiveram mais comportamentos, sentimentos e pensamentos positivos do que negativos ao longo da intervenção. Os dados da pesquisa contribuirão com futuras intervenções e políticas públicas com adolescentes na transição da saída institucional. |