Análise da estabilidade em planta e dinâmica de praias do Rio de Janeiro: um estudo de caso nas praias de Copacabana, Macumba e Grumari (Rio de Janeiro – Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa, Marcia Carolina de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22777
Resumo: As praias de Copacabana, Macumba e Grumari (Rio de Janeiro – Brasil) exibem características distintas em relação ao nível de intervenção humana, à orientação da linha de costa e à geomorfologia. Assim, o objetivo desse estudo foi analisar a estabilidade costeira dessas praias no Rio de Janeiro, utilizando uma metodologia que avalie a estabilidade da sua forma em planta e aspectos relacionados à dinâmica costeira. Foram avaliadas as seguintes variáveis: clima de ondas; o fluxo de energia das ondas quebrando na praia (EF); o transporte longitudinal de sedimentos (LST); a variação da linha de costa (VLCO) e quão próxima do ângulo da forma em planta de equilíbrio estático a linha de costa média da praia se encontra (qcosta). A análise das informações compiladas revelou a identificação de quatro zonas de estabilidade na praia de Copacabana: a zona 1 que representa uma região estável, relativamente protegida da energia das ondas; a zona 2, uma região mais instável, evidenciando aumento de VLCO e EF e diminuição de LST médio; a zona 3, considerada mais estável, indicando uma região de menor variação na largura da faixa de areia; e a zona 4, uma região instável com elevados valores de EF. Na praia da Macumba foram identificadas quatro zonas com base na classificação de estabilidade: na zona 1, onde a instabilidade é principalmente atribuída aos elevados valores de EF e VLCO; a zona 2, uma região mais estável, evidenciando células de convergência e divergência do LST; na zona 3 é observada a presença de uma célula de convergência do LST, no entanto a presença do afloramento da Pedra da Macumba nesse local, atua em alguns momentos aprisionando sedimentos resultando em erosão; a zona 4 é uma região de alta instabilidade causada principalmente pelo costa, VLCO e LST médio. Em Grumari, foram identificadas três zonas: a zona 1 é geralmente estável, exibindo uma célula de convergência do LST; a zona 2 abrangendo uma região relativamente instável; e a zona 3 é uma região bastante instável, onde o VLCO desempenha um papel crucial nessa classificação. Este trabalho mostrou que ao longo de uma mesma praia, diferentes fatores podem ser responsáveis pela instabilidade costeira observada. Além disso, praias localizadas em regiões próximas podem estar sujeitas a diferentes condições contribuindo para a instabilidade observada em cada uma delas. De maneira geral, nas praias analisadas, a orientação da forma em planta, em conjunto com outros parâmetros, mostrou-se um indicador eficaz de estabilidade, evidenciando uma tendência de valores mais elevados de costa em regiões consideradas instáveis. Além disso, as avaliações de estabilidade costeira devem considerar não apenas a dinâmica da zona costeira, mas também a herança geológica observada em cada local.