Criopreservação de plantas propagadas in vitro de Cleome spinosa Jacq. (Cleomaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Vilardo, Anna Flávia Rodrigues Mortani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7965
Resumo: Cleome spinosa é uma espécie utilizada na medicina tradicional e também com fins ornamentais. A espécie vem sendo investigada sob o ponto de vista biotecnológico, já tendo sido estabelecidos diferentes sistemas in vitro por técnicas de cultura de tecidos. Entretanto, a manutenção in vitro em condições de crescimento ativo apresenta riscos, como a ocorrência de contaminações e variações somaclonais. A criopreservação, que trata da manutenção do material biológico em baixas temperaturas pela imersão em nitrogênio líquido, representa um eficiente sistema de conservação em longo prazo, permitindo a manutenção do germoplasma vegetal por períodos de tempo indeterminados. O presente trabalho teve como objetivo definir protocolos de criopreservação pelas técnicas de vitrificação e v-crioplacas para plantas cultivadas in vitro da espécie C. spinosa. Explantes de diferentes regiões (ápices caulinares, segmentos nodais e internodais) foram avaliados quanto à sua capacidade de regeneração a partir de fragmentos de tamanho reduzido. Para a criopreservação, foi avaliado o pré-cultivo do material por 24 horas em meio contendo 0,3 M de sacarose ou em concentrações crescentes de sacarose (0,25 M - 0,50 M), por 48 horas. A seguir, o material foi exposto à solução de loading e às soluções de vitrificação PVS2 (25°C e 0°C) e PVS3 (25°C) por diferentes tempos (15; 30; 45; 60; 90; 120 min). Para a etapa de reaquecimento na técnica de vitrificação, o material foi imerso em banho-maria, enquanto que na técnica de V-Crioplacas o processo ocorreu diretamente através da imersão das crioplacas na solução de alta osmolaridade (unloading). Explantes não resfriados e os criopreservados foram transferidos para solução unloading e inoculados em meio de recuperação (MS + 0,5 mg.L-1 de BAP), sendo mantidos no escuro por 24 horas, seguido de transferência gradual para luz. Após 30 dias, o material foi transferido para meio MS0 para o acompanhamento da recuperação. A regeneração de ápices caulinares ocorreu a partir de fragmentos de pequeno tamanho (1,5 mm) os quais foram selecionados para os estudos de criopreservação. Não foram observadas diferenças nas taxas de recuperação dos ápices em relação aos dois protocolos de pré-cultivo testados, quando as soluções de vitrificação foram usadas a 25°C. Porém, a aplicação de PVS2 a 0°C aumentou a taxa de recuperação para ápices pré-tratados com progressivo aumento da concentração de sacarose. Quanto ao tempo de exposição às soluções crioprotetoras, protocolos com PVS2 a 25°C foram mais eficazes em menores tempos de exposição, quando comparados àqueles estabelecidos com o uso da solução a 0°C. Para o PVS3, a determinação do melhor tempo de exposição teve relação direta com a técnica empregada, sendo tempos intermediários mais adequados na vitrificação e altos tempos mais eficientes para Vcrioplacas. A técnica de V-crioplacas foi a mais eficaz para a criopreservação, sobretudo com a solução PVS2 a 0°C. Ápices criopreservados por esta técnica, submetidos ao pré-cultivo com aumento progressivo da concentração de sacarose e expostos ao PVS2 (0°C - 90 min), alcançaram taxas de recuperação de 70%. As plantas recuperadas apresentaram aspecto fenotípico normal e mantiveram sua capacidade de regeneração ao longo do tempo em cultivo