Diversidade cultural e patrimônio imaterial: dos discursos globais ao quotidiano de uma feira patrimonializada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nogueira, Martha Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Ciências Sociais
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18658
Resumo: A política de registro de patrimônio imaterial, de responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico nacional (IPHAN), é ainda recente no Brasil, e os estudos voltados para essa área centram-se na análise dos instrumentos utilizados para o registro e das relações entre os agentes do Instituto e os detentores do bem cultural a ser registrado e salvaguardado. No presente trabalho, tomo a Feira de São Cristóvão no Rio de Janeiro, transformada há doze anos em Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, como objeto de uma reflexão acerca dos conflitos e contradições envolvidos no processo de elaboração do Inventário de referências Culturais e de registro do bem imaterial pelo IPHAN. Partindo de uma perspectiva teórica que considera a espetacularização da cultura, sobretudo no contexto de requalificação de áreas urbanas degradadas, como ponto de partida para a análise das imbricações entre cultura e poder nas sociedades contemporâneas, e analisando os “usos” da tradição e da cultura popular por diferentes atores sociais, a tese visa apontar caminhos para uma discussão sobre a validade das políticas de patrimonialização da cultura a partir do levantamento e análise das diferentes expectativas e interesses revelados nos discursos dos agentes envolvidos na questão (feirantes, integrantes do Comitê Pró-Registro da Feira, pesquisadores e técnicos do IPHAN).