As mudanças nas formas de representação política dos moradores de favelas: do líder comunitário aos agentes sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Souza, Rogério Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Ciências Sociais
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22170
Resumo: O propósito central desta tese é analisar as mudanças ocorridas nas formas de liderança comunitária, nos atores que representam os moradores de favelas da cidade do Rio de Janeiro junto ao poder público. A tese que se coloca é que o líder comunitário se formou ao longo de um processo em que os moradores de favelas foram submetidos pelas políticas públicas de intervenções urbanísticas a uma condição de subalternidade. Defende-se na tese que, com o Projeto Favela-Bairro, em consonância com as mudanças no mundo do trabalho e na forma de se pensar a cidade, houve uma mudança qualitativa das formas políticas de mediação entre as lideranças comunitárias de favelas e a população moradora de favela junto ao poder público, instituindo outros atores políticos: o agente comunitário e o agente social. Houve uma mudança qualitativa na forma de agir politicamente e de representar a população favelada junto aos governos. A tese analisa os planos urbanísticos e as políticas públicas voltadas para as favelas da cidade, bem como formas políticas de cooptação de lideranças locais. A pesquisa teve como base um trabalho de campo realizado em sete favelas da cidade do Rio de Janeiro, em que foram entrevistadas antigas e novas lideranças políticas nas favelas. Partiu-se dos trabalhos de Antonio Gramsci sobre a constituição de classes e grupos subalternos e de seus conceitos de transformismo molecular e de grupo. Além disso, o aporte teórico de Nancy Fraser sobre lutas por redistribuição e de identidade foi utilizado.