Orientações do enfermeiro estomaterapeuta para os cuidados à estomia intestinal da criança no domicílio: a ótica dos familiares cuidadores
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20563 |
Resumo: | Os avanços tecnológicos ocorridos nas últimas décadas na área da saúde têm garantido a sobrevivência de muitas crianças que, outrora, não sobreviviam, o que acabou gerando as chamadas crianças com necessidades especiais de saúde, dentre as quais, destacam-se as crianças com estomias intestinais. Essas crianças demandam cuidados tecnológicos especificos pelo uso de equipamento coletor e os adjuvantes, o que implica envolver os familiares cuidadores, de modo a orientá-los sobre como cuidar de suas crianças. Neste sentido, este estudo teve como objetivos: conhecer as orientações do enfermeiro estomaterapeuta recebidas pelos familiares cuidadores no que tange aos cuidados com a estomia intestinal de sua criança; compreender a contribuição dessas orientações de enfermagem recebidas pelos familiares cuidadores no processo de cuidar da estomia; e analisar as dificuldades vivenciadas pelos familiares acerca das orientações recebidas dos enfermeiros estomaterapeutas sobre o cuidado com o estoma intestinal de sua criança. Metodologia: Pesquisa de natureza qualitativa, do tipo descritiva e exploratória. O cenário foi o domicílio da criança com estomia intestinal, e os participantes foram 09 familiares cuidadores. Os dados foram coletados no período de junho a novembro de 2019. Como instrumento de coleta de dados, foi utilizada a entrevista semiestruturada, que foi audiogravada e transcrita, analisada a partir da análise de conteúdo de Bardin, e interpretada à luz da educação em saúde na perspectiva Freireana. Como resultados, emergiram três categorias analíticas: 1ª: Orientações acerca dos cuidados com a estomia intestinal da criança, da qual emergiram as subcategorias: a) Cuidados com a pele periestomia e estomia, e b) Cuidados no uso do equipamento coletor; 2ª: As dificuldades vivenciadas pelos familiares cuidadores acerca dos cuidados com a estomia intestinal da criança, abrangendo as seguintes subcategorias: a) Medo do desconhecido, b) A ausência ou divergências nas orientações recebidas pelos familiares cuidadores no âmbito hospitalar, e c) A busca pela orientação na internet; e 3ª: A importância das orientações recebidas pelos familiares cuidadores pelo enfermeiro estomaterapeuta. Conclusão: Evidenciou-se, neste estudo, que, em sua maioria, os familiares foram orientados, nos cuidados com a pele periestomia, a lavar com água e sabão neutro, deixar a pele seca e remover resíduos de adesivos. Quanto aos cuidados com o equipamento coletor, foram orientados quanto à manipulação e ao fechamento da bolsa coletora, bem como os modos de recortar a base adesiva do equipamento coletor. Entretanto, em, determinados momentos, não houve ou foram divergentes algumas destas orientações, tanto por parte do enfermeiro estomaterapeuta quanto da equipe intra-hospitalar, o que acarretou medo, desespero e preocupação por parte dos familiares cuidadores. Desta forma, torna-se relevante que cada orientação de cuidado seja realizada pelo profissional de enfermagem e, de modo especial, pelo enfermeiro estomaterapeuta durante todo o período de internação, através de diálogo, empatia e comunicação eficaz, o que certamente poderá contribuir para a diminuição de agravos físicos e psicológicos da criança e de sua família. |