Análise das alterações da mecânica respiratória associadas à Doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Caldas, Bruno Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20281
Resumo: A Doença de Parkinson (DP) é causada pela morte de neurônios dopaminérgicos na substância negra, ocasionando sintomas motores como bradicinesia, rigidez articular e tremor de repouso, além de sintomas não motores como disfunções respiratórias. A manovacuometria avalia a função muscular respiratória e a espirometria fornece informações sobre a função pulmonar. Já oscilometria respiratória avalia as propriedades mecânicas do sistema respiratório, através da análise da impedância, de forma não invasiva e necessitando de pouca cooperação. Nesse contexto, o presente trabalho objetivou: Aprimorar o conhecimento sobre as alterações fisiopatológicas no sistema respiratório de pacientes com DP, tabagistas ou não tabagistas, em diferentes graus de evolução através da oscilometria respiratória; Comparar os resultados entre a oscilometria respiratória e a espirometria; Avaliar a força da musculatura respiratória de pacientes com DP; Comparar a facilidade da realização da oscilometria respiratória e da espirometria em pacientes com DP. Trata-se de um estudo observacional do tipo caso controle com 67 indivíduos, 20 no grupo controle (GC) e 47 com DP divididos em dois grupos não tabagistas com diferente comprometimento motor, grupo Parkinson 1-1.5 (GP 1-1.5) e grupo Parkinson 2-3 (GP 2-3), e um grupo Parkinson tabagistas (GP tab). Houve redução significativa da pressão expiratória máxima em todos os grupos Parkinson e na pressão inspiratória máxima no GP 2-3 em relação ao predito. Não foram observadas diferenças significativas conforme a progressão da DP em relação à espirometria. Porém, foi visto aumento das propriedades elásticas na oscilometria respiratória, devido à rigidez da caixa torácica, refletido na redução significativa da complacência dinâmica, redução significativa da reatância média e aumento significativo da frequência de ressonância, conforme a progressão da doença, caracterizando um padrão ventilatório restritivo, o qual também foi observado ao comparar o GC com o GP tab, a excessão da redução na complacência dinâmica. Em relação às propriedades resistivas, foi encontrada redução significativa da inclinação da curva de resistência do sistema respiratório e aumento significativo da resistência em 4 hertz (Hz) menos a resistência em 20 Hz conforme a progressão da DP, indicando não homogeneidade da ventilação, além de alterações nas resistências de vias aéreas periféricas, possivelmente devido à rigidez torácica levando a menor quantidade de ar na via aérea e, consequentemente, redução de seu calibre. Esses resultados demonstram que a oscilometria pode auxiliar no diagnóstico de disfunções respiratórias na DP, aumentando o conhecimento sobre as alterações da mecânica respiratória nesses indivíduos