Avaliação da assertividade diagnóstica por Telemedicina em área offshore
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Telemedicina e Telessaúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20444 |
Resumo: | A Telemedicina, definida como o uso de tecnologias da informação e serviços de comunicação em benefício da assistência médica e suporte à distância, é uma solução para diversas questões, entre elas, a falta de especialistas, como por exemplo a estimativa de 40 especialistas para cada 10.000 americanos que vivem em áreas rurais, em comparação com 134 por cada 10.000 residentes urbanos. Além disso, pode também auxiliar na questão de que 71% dos atendimentos em emergências hospitalares de pacientes com plano de saúde foram por condições não emergenciais ou condições que poderiam ser tratadas ambulatorialmente; somente nos Estados Unidos, isto representou mais de 92 milhões de atendimentos nas emergências hospitalares. Ressalta-se ainda que, para adultos idosos norte-americanos, 38% dos atendimentos médicos (incluindo 27% em emergências médicas) poderiam ter sido substituídas por telemedicina. A telemedicina apresenta-se também como recurso essencial para redução de custos, visto que estima-se um aumento nos atendimentos médicos em 5,8% entre 2018 e 2025, representando cerca de 19,9% do PIB dos Estados Unidos em 2025. Especificamente em áres remotas, como em plataformas em alto mar, o sistema de Telemedicina com profissional de saúde a bordo é um fator fundamental na redução de despesas e custos da cobertura de assistência médica. O objetivo geral deste estudo é avaliar a assertividade diagnóstica nas áreas remotas em que há a Telemedicina e profissional de saúde, em relação relação a casos em que não há apoio da Telemedicina e/ou profissional de saúde. Dentre os objetivos específicos, podemos citar a aplicação de um sistema de apoio no manejo de casos de dor torácica em áreas remotas; mostrar um perfil dos casos médicos de funcionários em áreas remotas e, por fim, custo-efetividade da implementação e aplicabilidade da Telemedicina com profissionais de saúde em áreas remotas. Trata-se de um estudo transversal, que avaliou 22.000 consultas médicas, realizadas no período de Janeiro de 2015 a Janeiro de 2019, com uma população de empregados de diversas empresas do setor de óleo e gás, atendidas por uma central multinacional em uma capital do Brasil. Foram coletados os dados da empresa (International Health Care) no Brasil, referente ao atendimento por meio da Telemedicina. No período de janeiro de 2015 a janeiro de 2019, foram realizadas 22.643 consultas em águas profundas (offshore), das quais 907 geraram um desembarque não urgente ou encaminhamento ao hospital devido a recomendação médica e 97 evacuações aeromédicas (EVAM - remoção ou desembarque médico de urgência por ambulância aérea). Destes 97 EVAMs, 26 foram devidos a queixas cardiológicas. Através dos resultados obtidos, evidenciamos consequencias positivas da aplicabilidade da Telemedicina e presença de profissional de saúde em áreas remotas. Existe uma maior resolutividades nas localidades com profissionais de saúde, e esta é ainda maior quando dispomos da Telemedicina com advento da vídeoconferência. Desembarca-se menos, há uma resolutividade maior com a manutenção dos pacientes a bordo, número este significativamente maior quando não há este suporte. Verifica-se também que com o kit de diagnóstico cardiológico e profissional de saúde, a indicação dos desembarques realizados foram todas acertadas e necessárias, confirmadas no atendimento intra-hospitalar. |