Mecanismos que explicam os padrões de diversidade de plantas trepadeiras ao longo de distintas escalas geográficas
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4899 |
Resumo: | Plantas trepadeiras são organismos que se apoiam sobre outros vegetais para utilizá-los como suporte físico, já que investem menos na produção de tecidos para suporte mecânico, mantendo-se enraizadas no solo por todo o seu ciclo de vida. São consideradas um dos grupos funcionais mais típicos em florestas tropicais, onde apresentam as maiores abundâncias. Nestes sistemas, elas participam de importantes processos e da dinâmica das florestas tropicais, influenciando a taxa de mortalidade de árvores, contribuindo no aporte de nutrientes na serapilheira e como fonte de recurso para a fauna. Dada a importância deste grupo para o funcionamento de florestas tropicais e dos serviços ambientais, são necessárias investigações sobre a estruturação de comunidades de plantas trepadeiras, focando, se possível, em mais de um aspecto da diversidade biológica. Assim, este trabalho buscou preencher algumas lacunas no conhecimento ecológico da estrutura de comunidade de plantas trepadeiras, através de uma abordagem multiescalar, com perguntas que avaliam a estruturação das suas comunidades desde a escala global até a escala local. Nós revisamos a explicação atual para o padrão global de abundância de lianas, demonstrando algumas evidências empíricas que contrapõem a explicação vigente sobre raízes profundas. Além disso, propomos uma explicação alternativa, baseada em uma abordagem multifuncional e na estratégia de crescimento típicas das plantas trepadeiras. Nós investigamos como fatores climáticos e espaciais podem influenciar a estrutura de comunidade de plantas trepadeiras em termos de diversidade taxonômica e filogenética. Detectamos uma preponderância da influência de processos climáticos sobre os padrões de diversidade alfa filogenética e beta taxonômica enquanto os processos espaciais possuiram maior influência nos padrões de diversidade beta filogenética e alfa taxonômica. Já em escala local, investigamos como a variação altitudinal poderia influenciar na montagem de comunidades de lianas, focando nos aspectos funcionais da comunidade. Verificamos a influência da altitude sobre as características funcionais da comunidade e incorporamos em nossa abordagem a variação intraespecífica das características funcionais (VIE). Demonstramos como a inclusão da VIE pôde permitir detalhar e esclarecer importantes aspectos da montagem de comunidades de plantas. Ainda em escala local, realizamos um estudo focando em responder perguntas sobre como gradiente ambiental associado a uma variação geográfica afeta o padrão e a estrutura filogenética de árvores e lianas. Verificamos que árvores e lianas possuem diferenças sobre a predominância do processo responsável por estruturar a comunidade em termos filogenéticos. Ressaltamos que essas diferenças são muito provavelmente advindas da diferença nas estratégias de colonização entre os grupos funcionais. Finalmente destacamos que os achados desta tese fornecem informações sobre o entendimento de como comunidades vegetais são estruturadas em diferentes escalas geográficas. |