As experiências de Ensino Médio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e suas contribuições à emancipação humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Barboza, Jacqueline Aline Botelho Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15863
Resumo: O presente trabalho analisa as experiências das escolas de ensino médio nos assentamentos do MST a partir do debate sobre a educação do campo, ensino médio e trabalho no Brasil. Foram escolhidas duas realidades distintas para análise do Ensino Médio: O Colégio Iraci Salete Strozak, localizado no Assentamento Marcos Freire, no Paraná (região Sul) e a Escola de Ensino Médio João dos Santos de Oliveira (João Sem Terra), localizada no Assentamento 25 de Maio, na cidade de Madalena, CE (região Nordeste). O objetivo é analisar como se efetiva a educação nas escolas e as contradições na relação entre escolas e comunidades, escolas e assentamentos, MST e demais organizações do campo e cidade, entre outras, que possam indicar os limites e as possibilidades do fortalecimento do projeto de Educação do Campo no Brasil da atualidade. As visitas às escolas dos assentamentos mostraram o desafio para a construção da escola do campo como escola verdadeiramente pública. O estudo das escolas demonstrou ser preciso a unificação das lutas por educação pública em resistência à influência dos projetos privatistas na formação da juventude, ao abandono do campo e da escola pública pelo Estado e à brutal criminalização dos movimentos sociais, especialmente do Movimento dos Sem Terra na luta por reforma agrária. O MST, como movimento social, luta pela educação pública, de qualidade, como dever do Estado e direito do cidadão. Os professores entrevistados admitem a busca dos jovens pelas oportunidades na cidade e o Movimento reivindica o direito de todos estudarem no lugar onde vivem, sem que seja preciso aos jovens do campo migrar para a cidade para terem acesso à escola de qualidade e um melhor padrão de vida no campo.