Resistência e projeto: o ambientalismo na construção da identidade do movimento dos trabalhadores rurais sem terra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ferreira, Isabelle Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/14622
Resumo: Esta pesquisa faz uma reflexão sobre a constituição de um ambientalismo no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, considerando a incorporação do meio ambiente no projeto político do movimento e a existência de uma série de mudanças nas formas de articulação e mobilização dos movimentos sociais nas últimas décadas, que tem possibilitado novos aspectos para a cidadania e a constituição de novas identidades políticas e de valores para os movimentos (SHERER-WARREN, 2012). Desta forma, o objetivo principal é investigar a construção da identidade (BOGO, 2010; HALL, 2006; CASTELLS, 1999) do projeto político ambiental no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra através da Campanha Permanente Contra o Agrotóxico e Pela Vida. Queremos ainda, de maneira específica, identificar e analisar os elementos que constituem o ambientalismo no MST (LEIS, 2004; VIGNATTI,2005; COSTA NETO, CANROBERT E CANAVESI, 2002; BORGES, 2007; NEGRI, 2005;MENDONÇA,2010), analisar a mobilização ambiental do MST no espaço público (HABERMAS, 1984; GOMES,2008), investigar como a Campanha Permanente contra o agrotóxico e pela vida dá visibilidade a agenda ambiental (MAIA, 2008; THOMPSON, 2008). Para investigar a construção destes processos, esta pesquisa será desenvolvida em três fases: pesquisa bibliográfica, análise documental (SILVA et al, 2009) e análise de conteúdo (FONSECA, 2011; Bardin, 1998). Desta forma, o trabalho está centrado na análise da comunicação desenvolvida pelo MST e da Campanha Permanente Contra o Agrotóxico e pela Vida, porque entendemos que esta campanha é a fase mais recente deste ambientalismo, na qual diversos movimentos rurais uniram-se a outras organizações para combater o uso indiscriminado de agrotóxico no campo, o agronegócio e apresentar uma alternativa ambiental ao campo. Entendemos que essa construção e atuação em rede de movimentos sociais é uma das características deste ambientalismo. Os resultados do projeto constatam que o ambientalismo no MST se desenvolve a partir de três pontos importantes: as Redes de Movimentos Sociais, a visibilidade e a cidadania comunicativa.